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OUTRO LADO
Ministério culpa mudança no modo de pagar
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o Ministério da Saúde, a demora nos pagamentos se deve a uma mudança
no mecanismo de repasse
estabelecida por portaria de
junho de 2002. Até então, as
sessões de diálise eram pagas
dentro do repasse global que
cada cidade ou Estado recebia de acordo com cálculo
pré-estimado.
A portaria passou a considerar o procedimento como
de alta complexidade, incluindo-o no Faec, Fundo de
Ações Estratégicas e Compensações, o que muda o
trâmite: a clínica deve registrar cada paciente junto ao
gestor, que envia os dados ao
Fundo Nacional de Saúde. O
dinheiro percorre o mesmo
caminho de volta, o que explicaria a demora.
"Nós temos todo o interesse em revogar essa portaria,
mas a decisão precisa ser tomada em conjunto com os
secretários de Saúde municipais e estaduais", diz Jorge
Solla, secretário de atenção à
Saúde do ministério. Para o
gestor local, esse sistema é
mais interessante, pois, sempre que há um estouro nas
despesas, o ministério cobre.
A Prefeitura de São Paulo
informou que o atraso de 18
e 20 dias ocorrido nos últimos meses se deve a problemas administrativos que já
estão sendo sanados.
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