São Paulo, terça-feira, 02 de janeiro de 2007

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Virada na Paulista teve 3.000 bombas coloridas

Debaixo de chuva, 2,2 milhões de pessoas assistiram a shows e queima de fogos

Chuva de 5 milhões de confetes metalizados e vôo de 10 mil balões brancos marcaram a contagem regressiva para 2007

MARIANA TAMARI
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma chuva de 5 milhões de confetes metalizados e o vôo de 10 mil balões brancos marcaram a contagem regressiva para a virada do ano na décima edição do Réveillon na avenida Paulista, que teve a presença de 2,2 milhões de pessoas ao longo da noite, segundo cálculo da Polícia Militar.
A queima de fogos durou 15 minutos. Foram usados 80 mil tiros e 3.000 bombas multicoloridas no espetáculo pirotécnico, a parte mais brilhante da festa em que o público chegou a ocupar a Paulista desde a rua Ministro Rocha Azevedo até a avenida Brigadeiro Luiz Antônio.
Apesar da multidão que lotou a avenida mesmo com chuva, após seis horas de festa não havia registro de nenhum furto ou de ocorrências graves. Um efetivo de 1.300 policiais e homens da Guarda civil Metropolitana de São Paulo, somados a 300 seguranças particulares, fez a segurança do evento.

Aniversário
Às 21h, quando apenas os quarteirões entre a rua Ministro Rocha Azevedo e a alameda Casa Branca estavam tomados, subiu ao palco o grupo Antonia.
Uma hora depois, foi a vez do KLB, que esquentou o público para a chegada de uma das mais esperadas atrações da noite: a roqueira Rita Lee. No palco às 23h, ela já cantou para uma Paulista lotada, começando sua apresentação ao som de "Parabéns a Você", saudando o aniversário da própria cantora, que completou ontem 60 anos.
Foi nessa hora que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), chegou ao evento. Ele assistiu ao show do palco, esperou a contagem para a passagem do ano e se retirou antes do final da queima de fogos.
O prefeito falou rapidamente com a imprensa e disse apenas que espera que, para 2007, permaneça o clima de confraternização que pairava na festa. "Gostei muito da festa aqui na Paulista, está muito bonita."
Após a virada, subiu ao palco a banda Calypso, na apresentação que mais mexeu com o público. Em seguida foi a vez de Netinho, que encerrou o Réveillon na avenida Paulista ao som do axé baiano.

Visitantes
Além dos paulistanos, a virada de ano na Paulista contou com a presença de visitantes de diversos Estados brasileiros.
"Vim de Lagoa dos Gatos, em Pernambuco, só para passar a virada na Paulista. Foram três dias de viagem de ônibus. Sou fã da banda Calypso", disse Creudemir Gerônimo da Silva, 20. Ele aproveitou a hospedagem na casa de uma tia para passar uma virada de ano diferente do habitual. "Sempre pulo sete ondas, este ano queria dançar no asfalto."
Silva estava acompanhado da vendedora Vanda Cristina Ferreira, 22. "Nos conhecemos aqui e estamos curtindo Calypso juntos", disse ela.
O casal de estudantes Julia Telles, 20, e Daniel Pimenta, 21, veio de Balneário de Camboriú, em Santa Catarina, para passar o Réveillon com a família. "Estou adorando, fazia cinco anos que eu não passava o Ano Novo aqui ", disse Julia. Pimenta elogiou o evento. "Acho que deveria haver mais festas assim, atrai turistas."
Apesar de morarem em Salvador, na Bahia, cidade com uma das festas de virada de ano mais prestigiadas do país, a jornalista Elizabeth Veiga, 45, e seu filho, Raoni Veiga, 17, decidiram vir para São Paulo. "Temos o ano todo para passar na praia, Réveillon quisemos passar com a família, numa festa na cidade", disse Elizabeth.


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