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Virada na Paulista teve 3.000 bombas coloridas
Debaixo de chuva, 2,2 milhões de pessoas assistiram a shows e queima de fogos
Chuva de 5 milhões de confetes metalizados e vôo de 10 mil balões brancos marcaram a contagem regressiva para 2007
MARIANA TAMARI
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma chuva de 5 milhões de
confetes metalizados e o vôo de
10 mil balões brancos marcaram a contagem regressiva para
a virada do ano na décima edição do Réveillon na avenida
Paulista, que teve a presença de
2,2 milhões de pessoas ao longo
da noite, segundo cálculo da
Polícia Militar.
A queima de fogos durou 15
minutos. Foram usados 80 mil
tiros e 3.000 bombas multicoloridas no espetáculo pirotécnico, a parte mais brilhante da
festa em que o público chegou a
ocupar a Paulista desde a rua
Ministro Rocha Azevedo até
a avenida Brigadeiro Luiz
Antônio.
Apesar da multidão que lotou
a avenida mesmo com chuva,
após seis horas de festa não havia registro de nenhum furto ou
de ocorrências graves. Um efetivo de 1.300 policiais e homens
da Guarda civil Metropolitana
de São Paulo, somados a 300
seguranças particulares, fez a
segurança do evento.
Aniversário
Às 21h, quando apenas os
quarteirões entre a rua Ministro Rocha Azevedo e a alameda
Casa Branca estavam tomados,
subiu ao palco o grupo Antonia.
Uma hora depois, foi a vez do
KLB, que esquentou o público
para a chegada de uma das mais
esperadas atrações da noite: a
roqueira Rita Lee. No palco às
23h, ela já cantou para uma
Paulista lotada, começando sua
apresentação ao som de "Parabéns a Você", saudando o aniversário da própria cantora,
que completou ontem 60 anos.
Foi nessa hora que o prefeito
de São Paulo, Gilberto Kassab
(PFL), chegou ao evento. Ele
assistiu ao show do palco, esperou a contagem para a passagem do ano e se retirou antes
do final da queima de fogos.
O prefeito falou rapidamente
com a imprensa e disse apenas
que espera que, para 2007, permaneça o clima de confraternização que pairava na festa.
"Gostei muito da festa aqui na
Paulista, está muito bonita."
Após a virada, subiu ao palco
a banda Calypso, na apresentação que mais mexeu com o público. Em seguida foi a vez de
Netinho, que encerrou o Réveillon na avenida Paulista ao som
do axé baiano.
Visitantes
Além dos paulistanos, a virada de ano na Paulista contou
com a presença de visitantes de
diversos Estados brasileiros.
"Vim de Lagoa dos Gatos, em
Pernambuco, só para passar a
virada na Paulista. Foram três
dias de viagem de ônibus. Sou
fã da banda Calypso", disse
Creudemir Gerônimo da Silva,
20. Ele aproveitou a hospedagem na casa de uma tia para
passar uma virada de ano diferente do habitual. "Sempre pulo sete ondas, este ano queria
dançar no asfalto."
Silva estava acompanhado da
vendedora Vanda Cristina Ferreira, 22. "Nos conhecemos
aqui e estamos curtindo Calypso juntos", disse ela.
O casal de estudantes Julia
Telles, 20, e Daniel Pimenta, 21,
veio de Balneário de Camboriú,
em Santa Catarina, para passar
o Réveillon com a família. "Estou adorando, fazia cinco anos
que eu não passava o Ano Novo
aqui ", disse Julia. Pimenta elogiou o evento. "Acho que deveria haver mais festas assim,
atrai turistas."
Apesar de morarem em Salvador, na Bahia, cidade com
uma das festas de virada de ano
mais prestigiadas do país, a jornalista Elizabeth Veiga, 45, e
seu filho, Raoni Veiga, 17, decidiram vir para São Paulo. "Temos o ano todo para passar na
praia, Réveillon quisemos passar com a família, numa festa
na cidade", disse Elizabeth.
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