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Por economia, motoristas empurram carro
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PRAIA GRANDE
Assim como diversos outros motoristas que estavam
presos ontem à tarde no congestionamento em Praia
Grande (86 km ao sul de SP),
o vendedor Cristiano Ferreira Lucas, 32, resolveu desengatar e empurrar o carro para economizar combustível.
"Fica esse liga e desliga do
motor, gasta muita gasolina",
afirmou Lucas, que dizia estar havia 15 horas parado no
trânsito, após ter passado o
Réveillon em Itanhaém (98
km de SP).
Ele estava com outras cinco pessoas no carro, retornando para a zona leste da
capital paulista. Eles resolveram subir a serra de madrugada, pois acharam que pegariam menos trânsito para
voltar para casa.
Assim como o grupo de
Lucas, a família do metalúrgico Rufino Eduardo Ferreira de Almeida, 27, também
pensou em pegar a estrada
de madrugada para evitar o
tráfego intenso. Como resultado, enfrentavam 15 horas
de congestionamento, sem
sair de Praia Grande, onde
viram a queima de fogos.
"Todo mundo pensou a
mesma coisa e ficou tudo parado. Pensamos que, se deixássemos para depois, seria
pior", disse Almeida, que
também empurrava o carro
com a família e ia a Taboão
da Serra.
A família do técnico em informática Éder Machado, 25,
também empurrava o carro.
Eles contaram que viram lugares, às margens da rodovia,
cobrando R$ 2 por um banho
e R$ 1 para usar o banheiro.
Eles estavam desde as 8h
da manhã na estrada e resolveram parar de beber água
para não precisar procurar
um banheiro.
O médico Adriano Bechara, secretário-adjunto de
Saúde de Praia Grande, afirmou que algumas pessoas
que eram atendidas na ambulância com UTI não quiseram ir para o hospital para
não perder lugar na fila do
congestionamento.
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