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Mário Ferrari, vida e obra pela gráfica
WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O auxiliar dos auxiliares da
pequena gráfica paulistana
sonhava alto, é verdade, para
os anos 1920. Mas pouco a
pouco foi subindo na profissão, conquistando cargos, virando o "seo Ferrari" da gráfica de mesmo nome e o "patriarca" de toda a família.
Tudo começou quando,
aos 17 anos, um certo Mário,
filho de imigrantes italianos
nascido em Araraquara (SP),
foi para São Paulo trabalhar
em uma gráfica -dizia que
entrara no menor cargo da
empresa, para sair, cinco
anos depois, no maior deles,
o de gerente-geral.
Isso porque tinha os funcionários em primeiro lugar.
"Eram o exército dele", que
alavancavam a empresa. Sem
ter mais como crescer, saiu e
montou sua própria empresa, a Indústria Paulista de
Artes Gráficas, em 1948.
Ela mudou de nome várias
vezes até virar Ferrari Artes
Gráficas, nos anos 1970. Em
2003, tornou-se também
editora -especializada em
publicar livros de pequenos
escritores, com baixas tiragens e preços.
Mas fazia alguns anos que
a saúde o afastara da empresa. Em casa, perguntava sempre pelos funcionários, entregava-se às memórias, ouvia ópera. Em seu sítio, no interior, passava o tempo plantando e colhendo uvas.
Tinha cinco filhos, sete netos e três bisnetos. Morreu
no dia 24, de infarto, aos 92
anos, em São Paulo.
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