São Paulo, quarta-feira, 02 de janeiro de 2008

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Mário Ferrari, vida e obra pela gráfica

WILLIAN VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O auxiliar dos auxiliares da pequena gráfica paulistana sonhava alto, é verdade, para os anos 1920. Mas pouco a pouco foi subindo na profissão, conquistando cargos, virando o "seo Ferrari" da gráfica de mesmo nome e o "patriarca" de toda a família.
Tudo começou quando, aos 17 anos, um certo Mário, filho de imigrantes italianos nascido em Araraquara (SP), foi para São Paulo trabalhar em uma gráfica -dizia que entrara no menor cargo da empresa, para sair, cinco anos depois, no maior deles, o de gerente-geral.
Isso porque tinha os funcionários em primeiro lugar. "Eram o exército dele", que alavancavam a empresa. Sem ter mais como crescer, saiu e montou sua própria empresa, a Indústria Paulista de Artes Gráficas, em 1948.
Ela mudou de nome várias vezes até virar Ferrari Artes Gráficas, nos anos 1970. Em 2003, tornou-se também editora -especializada em publicar livros de pequenos escritores, com baixas tiragens e preços.
Mas fazia alguns anos que a saúde o afastara da empresa. Em casa, perguntava sempre pelos funcionários, entregava-se às memórias, ouvia ópera. Em seu sítio, no interior, passava o tempo plantando e colhendo uvas.
Tinha cinco filhos, sete netos e três bisnetos. Morreu no dia 24, de infarto, aos 92 anos, em São Paulo.


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