PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O primeiro ato do prefeito Marcio Lacerda (PSB), logo após o encerramento das cerimônias de posse e transmissão de cargo na Prefeitura de Belo Horizonte, foi tirar a gravata e pôr o pé na lama.
Ele foi visitar a área da cidade fortemente atingida por uma enchente na noite de anteontem, o que causou a morte de três pessoas -entre elas uma criança de três anos- e deixou muitas famílias sem todos os seus pertences.
Enquanto Lacerda ia para a área afetada, acompanhado dos seus auxiliares diretos, sua mulher, Regina, foi representá-lo e prestar solidariedade da prefeitura aos parentes dos mortos. A intenção era que a primeira-dama municipal fosse aos três velórios das vítimas das enchentes da noite anterior.
Logo no primeiro dia, o novo prefeito pode sentir as dificuldades de comandar uma cidade com 2,4 milhões de habitantes, com grande ascendência sobre a região metropolitana -com mais 2,5 milhões de pessoas- e um orçamento com restrições para investimentos.
O vazamento do ribeirão Arrudas em ao menos um ponto causou grandes danos em vias e na rede de esgoto e água. Lacerda disse que os técnicos estão trabalhando para levar a ele todos os problemas em detalhes.
No discurso de posse, Lacerda disse que, no momento de crise econômico-financeira, será importante manter a parceria com o Estado e União. "Não somos uma ilha e seremos, sim, afetados", disse.


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