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DURVALINO ARAÚJO CASTELO BRANCO (1936-2008)
O prefeito e o destino do outro lado do rio
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
Durvalino Araújo Castelo
Branco encontrou seu destino do outro lado do rio Parnaíba. Nascido em São Bernardo, no Maranhão, foi ser
prefeito de Luzilândia (1973-76), no Piauí, Estados separados pelo Parnaíba.
Apartados pelo rio ainda
estavam ele e Luzia Lopes
Castelo Branco, com quem
teve dez filhos. Conheceram-se em 1957, quando Durvalino foi a Mucambinho.
Luzia vivia com os tios e os
primos, todos da família
Marques, sobrenome tradicional na política da região.
Do casamento, nasceu outra união: entre Durvalino e
Raimundo Marques, primo
de sua mulher, de quem foi
sócio por 29 anos e com
quem chegou a Luzilândia
para expandir os negócios e
manter o governo da cidade
sob o controle da família.
Joca e Raimundo, irmãos,
foram prefeitos, sucedidos
por Durvalino -a atual prefeita reeleita, Janainna Marques (PTB), é neta de Joca.
Mesmo antes do casamento, a política já corria nas
veias de Durvalino: seu pai
era primo distante do marechal Humberto de Alencar
Castelo Branco, presidente
do Brasil entre 1964 e 1967.
Um de seus maiores feitos
foi "exportar" os filhos para
estudarem em Fortaleza.
"Ele estudou até o terceiro
ano primário, mas não havia
quem fizesse conta melhor
do que ele", diz o filho Ivaldo.
Durvalino morreu dia 26,
aos 72 anos, em Teresina, de
câncer. Deixou a viúva Luzia,
66, sete filhos e 16 netos.
obituario@grupofolha.com.br
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