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São Paulo, domingo, 02 de fevereiro de 2003

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"Minha terapia eu faço namorando"

DA REPORTAGEM LOCAL

É compreensível que, diante de tantas advertências e opiniões divergentes, a grande maioria das mulheres esteja confusa quanto à terapia de reposição hormonal (TRH). Mas e as ginecologistas, o que estão prescrevendo para elas próprias e para suas clientes?
Uma pesquisa entre elas revelou que 49,5% não fazem a TRH, a maioria (88%) por achar desnecessária e 9,5% por contra-indicações. A pesquisa foi feita no ano passado, antes da interrupção dos estudos nos EUA e na Inglaterra e das advertências da FDA.
"Nunca mudei minha conduta", diz a ginecologista Tânia Mauadie Santana, 55. Ela diz prescrever a TRH para menos de 10% de suas pacientes e só depois de uma longa consulta e sempre com monitoramento. Ela própria, claro, nunca usou nem pretende usar hormônios sintéticos.
"Sabia que as ondas de calor iriam passar, que meu organismo se adaptaria." Para os sintomas da menopausa, ela não costuma receitar medicamentos, "às vezes fitohormônios", mas sempre com exercícios físicos e sol no início da manhã e no final da tarde. A alimentação deve ser rica em cálcio e pobre em gordura animal. E bom humor: "Depois dos 50, só faça o que gosta de fazer", sugere.
Para a perda de massa óssea acelerada, ela diz que há drogas mais eficazes que a TRH. "Minha reposição hormonal eu faço namorando", diz a médica, que tem dois filhos e está esperando dois netos neste ano.


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