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"Minha terapia eu faço namorando"
DA REPORTAGEM LOCAL
É compreensível que, diante de
tantas advertências e opiniões divergentes, a grande maioria das
mulheres esteja confusa quanto à
terapia de reposição hormonal
(TRH). Mas e as ginecologistas, o
que estão prescrevendo para elas
próprias e para suas clientes?
Uma pesquisa entre elas revelou
que 49,5% não fazem a TRH, a
maioria (88%) por achar desnecessária e 9,5% por contra-indicações. A pesquisa foi feita no ano
passado, antes da interrupção dos
estudos nos EUA e na Inglaterra e
das advertências da FDA.
"Nunca mudei minha conduta", diz a ginecologista Tânia
Mauadie Santana, 55. Ela diz prescrever a TRH para menos de 10%
de suas pacientes e só depois de
uma longa consulta e sempre com
monitoramento. Ela própria, claro, nunca usou nem pretende
usar hormônios sintéticos.
"Sabia que as ondas de calor
iriam passar, que meu organismo
se adaptaria." Para os sintomas da
menopausa, ela não costuma receitar medicamentos, "às vezes fitohormônios", mas sempre com
exercícios físicos e sol no início da
manhã e no final da tarde. A alimentação deve ser rica em cálcio e
pobre em gordura animal. E bom
humor: "Depois dos 50, só faça o
que gosta de fazer", sugere.
Para a perda de massa óssea
acelerada, ela diz que há drogas
mais eficazes que a TRH. "Minha
reposição hormonal eu faço namorando", diz a médica, que tem
dois filhos e está esperando dois
netos neste ano.
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