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São Paulo, domingo, 02 de fevereiro de 2003

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PLANTÃO MÉDICO

Estudos sobre reprodução começaram no século 18

JULIO ABRAMCZYK

As técnicas de fertilização assistida, como a do bebê de proveta, têm ajudado casais com dificuldade para ter filhos. O anúncio do primeiro bebê gerado dessa forma deu a impressão inexata de que somente nos últimos anos começou a pesquisa sobre a reprodução humana e animal, em particular a inseminação artificial.
O caminho para o conhecimento médico é construído ao longo dos anos e séculos. E esse processo se dá por etapas, com eventuais desvios de percurso e retorno frequente ao trajeto principal.
É o que mostra Cláudia Collucci na tese de mestrado aprovada na PUC/SP, no Departamento de História da Medicina. No século 18, conforme Collucci, o abade italiano Lazzaro Spallanzani fez as suas primeiras experiências com sêmen e fecundação artificial.
Usando o microscópio recém-descoberto e ainda bem rudimentar, investigou a origem dos espermatozóides em animais e o papel do sêmen em experiências de fecundação artificial.
Mas ele chegou a conclusões errôneas por influência da "pré-formação", o sistema, utilizado no século 18, que afirmava que os seres vivos já estavam engendrados nos ovários das fêmeas desde a Criação.
Collucci assinala contribuições importantes de Spallanzani para a ciência, quando detectou o espermatozóide na vesícula seminal e quando estabeleceu a correlação entre temperatura ambiente e período de mobilidade do espermatozóide.

PESQUISA
Faculdade mostra sua produção
A exemplo dos anos anteriores, a produção científica produzida em 2001 na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP -114 artigos publicados em revistas nacionais e estrangeiras e resumos de 22 teses de mestrado e doutorado- foi reunida em um volume com 848 páginas. A publicação foi lançada no fim de 2002, quando a faculdade comemorou 50 anos de fundação.

FUTEBOL
Emoção pode levar torcedor ao infarto
Douglas Carroll e colaboradores da Universidade de Birmingham analisaram diagnósticos de internação hospitalar de 30 de junho de 1998 e publicaram suas conclusões no "British Medical Journal". Naquele dia, quando a Inglaterra perdeu para a Argentina o jogo do campeonato mundial de futebol, os casos de infarto aumentaram 25% em relação aos demais dias.

E-mail - julio@uol.com.br


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