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66,7% dos pais prefeririam filho em escola privada
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As mudanças positivas que a
gestão Kassab aponta na rede
de ensino não foram sentidas,
ao menos por enquanto, pelos
pais dos estudantes.
Como parte da Prova São
Paulo, foram enviados questionários às famílias dos alunos.
Na respostas, 66,7% dos pais
dos estudantes da segunda série afirmaram que mudariam
seus filhos para escolas particulares se pudessem.
O patamar é semelhante aos
pais de alunos das demais séries. Na oitava foram 72%.
Lucéia Azevedo, 37, por
exemplo, gostaria que seu filho
Ygor, 10, deixasse uma escola
no Jardim Primavera (zona
sul), onde começa a cursar a
quarta série neste ano.
"Mas não tem como, é caro",
diz. Ela se preocupa com a segurança do filho e se incomoda
com a mistura de alunos de idades muito diferentes em uma
mesma sala de aula. "Ele tem só
dez anos e já ofereceram drogas
para ele. Ainda precisa mudar
muito, a escola tá muito fraca."
Contraditoriamente, enquanto boa parte dos pais afirma que mudaria seu filho de escola se pudesse, os colégios são
bem avaliados pelas famílias:
82,9% dos pais acham que a escola forma bem os alunos.
Nesse perfil se encaixa Lucineide de Lima, 35, que tem uma
filha que entrou na terceira série neste ano. Segundo ela, Camila, 8, vai bem na escola por
mérito da professora.
"A professora está acima do
nível da escola. Demos sorte,
ela é excelente."
Mas, mesmo assim, ela trocaria a filha para a escola particular se pudesse.
Os docentes foram bem avaliados pelos estudantes
-84,9% dos alunos da segunda
série disseram gostar dos seus
professores. Mas os docentes
também sofreram críticas:
52,1% dos diretores reclamam
da freqüência irregular deles.
(FÁBIO TAKAHASHI E KARIN BLIKSTAD).
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