São Paulo, sábado, 02 de fevereiro de 2008

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Presidente defende abrir o capital da Infraero

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, defendeu ontem no Rio a abertura de capital da empresa e disse ser contrário à proposta de privatização de aeroportos. Na prática, diz ele, a Infraero funciona como uma autarquia, com mecanismos que impedem a tomada de medidas administrativas rapidamente para a gestão eficiente dos aeroportos. A estatal administra 67 aeroportos no país.
"É impossível administrar 67 aeroportos como uma autarquia. A injeção de capital oxigena a empresa. A abertura de capital enseja uma fiscalização pró-ativa do acionista, que tem dinheiro ali e quer lucro", disse.
O presidente da estatal citou como exemplo a necessidade de melhorar o fluxo de passageiros nos aparelhos de raios-x. Segundo ele, uma licitação para a compra de novos equipamentos levaria cerca de um ano.
Ele disse ainda que será preciso fazer obras da o Aeroporto Internacional Tom Jobim precisará de obras da ordem de R$ 400 milhões em três anos para recuperar o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio.
Para Gaudenzi, a abertura de capital permitiria à empresa iniciar o processo de internacionalização, com a administração de aeroportos em regiões como América Latina e África. A proposta nunca foi deixada de lado pelo governo, mas não foi levada adiante.
Um dos receios é que a abertura de capital não atraia o interesse da iniciativa privada. Segundo Gaudenzi, dos 67 aeroportos, só 10 dão lucro.
Ele afirmou ainda que a decisão depende do Ministério da Defesa e do presidente Lula.
Segundo ele, se o governo optar pela privatização de alguns aeroportos haverá uma disputa de grupos da iniciativa privada pela gestão dos mais rentáveis. "Ninguém vai querer pegar os da Amazônia", disse.
Ainda não existe o projeto da abertura de capital, mas Gaudenzi afirma que o governo federal deve continuar com poder de decisão sobre a empresa.


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