MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

Um instrutor de esportes de aventura morreu afogado no sábado enquanto praticava boia-cross num rio que estava quase 3 m acima do nível normal, em Brotas, cidade a 245 km de São Paulo conhecida pelo turismo de aventura.
Segundo o Corpo de Bombeiros, Ailton Santana Lima de Oliveira, 33, não usava o colete salva-vidas nem o capacete quando foi praticar o esporte no rio Jacaré Pepira, na zona rural da cidade. Ele atuava como autônomo.
Nessa modalidade de esporte de aventura, o praticante desce uma corredeira sobre uma boia.
O corpo só foi localizado pelos bombeiros após 24 horas de busca. A forte correnteza causada pelas chuvas dificultou a localização, que ocorreu a 12 km do trecho do acidente.
Oliveira, um cunhado e um amigo entraram no rio para treinar para uma competição na próxima semana. Os dois amigos conseguiram escapar.
Uma das hipóteses para a morte, conforme os bombeiros, é que o instrutor tenha ficado preso ao cair da boia. O corpo dele foi enterrado ontem.
Familiares e amigos declararam não conseguir entender o motivo de Oliveira ter entrado em um rio que estava quase 3 m acima do nível normal.

Caso isolado
Para o presidente da Abeta (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), Jean-Claude Razel, 44, o acidente foi uma ocorrência "isolada" e causado por um ato de "imprudência".
"A pessoa [Oliveira] não estava com uma operadora de turismo. Inclusive, os esportes de aventura estavam proibidos no rio no fim de semana por causa da enchente. Nem campeões que estavam na cidade entraram no rio", disse.
O Corpo de Bombeiros recomenda que os turistas evitem entrar nos rios após chuvas fortes, já que as correntezas podem arrastar galhos e pedras.


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