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São Paulo, domingo, 02 de março de 2003

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PARANÁ

Três das vítimas eram crianças

Nove são amarrados e assassinados a tiros

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

Nove pessoas, entre elas três crianças, foram mortas na noite de anteontem em Colombo (região metropolitana de Curitiba) em uma das maiores chacinas da história do Estado do Paraná. As vítimas foram amarradas, receberam golpes de picareta e depois assassinadas a tiros.
O delegado distrital de Alto Maracanã (bairro de Colombo), Messias Rosa, disse que a chacina foi "horrorosa, brutal e insana". Ele disse que o mais chocante foi ver crianças de 4, 8 e 14 anos amarradas e mortas. O crime aconteceu por volta das 21h30 de anteontem.
Os corpos foram encontrados na casa de Hélio Dias Duarte, 51, que já cumpriu pena por tráfico de drogas, o que leva a polícia a suspeitar de vingança ou acerto de contas. Na última quinta-feira, uma outra chacina, no bairro Uberaba, em Curitiba, vitimou cinco pessoas. A Polícia Civil não descarta que as mortes de Colombo sejam uma retaliação pelas cinco mortes de Curitiba.
Além de Hélio Dias Duarte, 51, foram encontrados mortos sua mulher, Joseane dos Santos, 29, seus filhos Ricardo Aurélio Duarte, 29, e R.A.D.,14, S.S.D., 8, e K.S.D., 4. Os outros mortos foram a mãe de Duarte, Rosa Mendes Duarte, 72, seu marido, Teófilo Inácio de Pontes, 85, e um amigo da família, Luciano Augusto Damaso, 27.
A nora de Duarte, Luciane Andrade, 22, mulher de Ricardo Aurélio Duarte, conseguiu fugir com um bebê de menos de um ano e o garoto C.S.D., 10. Luciane e o garoto fingiram que estavam mortos. Ambos foram internados em um hospital.
A única pista da Polícia Civil era o fato de vizinhos terem percebido a presença de motociclistas próximos à casa de Hélio Dias Duarte. A hipótese que leva a polícia a crer na ligação entre as chacinas de Colombo e a da última quinta-feira, em Curitiba, é que testemunhas teriam percebido veículos com placas de Colombo saindo do local das cinco mortes no bairro Uberaba, na capital paranaense.
O delegado Rosa disse que será fundamental o depoimento de Luciane Andrade, a única adulta a sobreviver à chacina. A expectativa é que ela possa prestar depoimento no início da semana, se seu quadro clínico melhorar.


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