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Animais mortos eram estratégicos
DA REPORTAGEM LOCAL
Quase todos os animais mortos
por envenenamento eram estratégicos para o Zoológico de São
Paulo. Ou eram ameaçados de extinção ou eram uma "moeda" de
permuta com outras instituições
no país e no mundo -principal
forma de os zôos conseguirem
animais para seus acervos.
As mortes só pararam depois
que o zôo instaurou, no dia 19,
procedimentos de segurança na
cozinha dos bichos.
O delegado responsável pelo caso, Clóvis Ferreira de Araújo, diz
que havia um padrão na atuação
de quem matou. No caso dos porcos-espinhos africanos, por
exemplo, o zôo paulistano é o único na América Latina a fazer a reprodução desse animal.
O zôo pretendia vender os porcos em um leilão em breve.
Do lote de 50 porcos-espinhos,
restaram sete em exposição e um
filhote que estava na área restrita.
O orangotango fêmea, a elefanta, os três chimpanzés, os quatro
micos-leões dourados e o filhote
de bisão europeu são todos animais ameaçados de extinção. Os
micos-leões pertenciam ao maior
lote desse animal em cativeiro no
país. Os dois macacos-caiarara
eram de espécie em perigo.
Dos mortos, apenas as antas e
os dromedários não são ameaçados. A anta Melancia, porém, tinha importância "sentimental":
foi escolhida como um dos animais-símbolo da cidade no aniversário dos 450 anos.
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