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Órgãos públicos dizem agir para melhora do ar
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo marcou para maio o início da inspeção veicular
obrigatória, que vai avaliar
a emissão de poluentes
por veículos a diesel na
frota registrada na cidade.
Segundo a Secretaria do
Verde, haverá multa de
300 Ufirs (equivalente a
cerca de R$ 300) a quem
não fizer a inspeção, além
do impedimento de que o
veículo seja licenciado no
ano seguinte. Até o final do
ano, deve começar a inspeção em veículos movidos a
outros tipos de combustível. Em 2009, o programa
será ampliado a todos os
veículos da capital.
O secretário Eduardo
Jorge, por meio de sua assessoria, defendeu a inclusão das motos na inspeção,
o que depende de regulamentação do governo federal. As motos são pelo
menos seis vezes mais poluentes do que os veículos.
Eduardo Jorge disse
também que a secretaria
defende a expansão das linhas de metrô e de ônibus,
além da retomada dos trólebus elétricos.
Já a Secretaria Estadual
do Meio Ambiente afirma
que intensificou a fiscalização e que o número de
autuações de veículos que
emitem fumaça preta aumentou. Em 2005, foram
145 autuações. No ano seguinte, 320 e, ano passado,
2.298. "Na região, as emissões de poluentes são basicamente de origem veicular. As autuações ajudam,
mas não resolvem o problema sozinhas. São necessárias políticas de médio a longo prazo", diz Carlos Lacava, da Cetesb.
Criticada por não alterar a composição do óleo
diesel, a Petrobras diz que
seus combustíveis não são
os únicos responsáveis pela poluição. "A Petrobras
considera que a qualidade
do ar das cidades é influenciada por vários fatores. Os principais são: sistema viário, tecnologia
veicular, inspeção e manutenção, tamanho e perfil
de idade da frota, velocidade média dos veículos e
qualidade dos combustíveis", diz nota da empresa.
A Petrobras afirma ainda que são importantes as
ações que melhorem os indicadores. A estatal diz
que, ainda assim, investirá
US$ 8,5 bilhões (R$ 14,16
bi) para melhorar a tecnologia dos combustíveis.
Serão implantadas unidades de tratamento em
nove refinarias para reduzir o teor do enxofre no
diesel. Com isso, a partir
de 2009, a empresa pretende começar a fornecer
diesel com 50 ppm (partes
por milhão de enxofre).
Hoje, o nível é de 500 ppm
na Grande SP. Assim, as
emissões serão reduzidas.
A ANP (Agência Nacional de Petróleo) diz que
vem buscando, juntamente com órgãos ambientais,
ações para melhorar a
qualidade do ar através de
mais rigor na composição
de combustíveis.
(JEC e AF)
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