São Paulo, segunda, 2 de março de 1998

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Identificação das vítimas foi difícil



enviado especial ao Rio da Sucursal do Rio O desfiguramento e o adiantado estado de decomposição dos cadáveres dificultou a identificação oficial dos corpos das vítimas do desabamento.
O tempo, o calor e o impacto da queda deixaram os corpos com os ossos à mostra.
Para não abalar ainda mais os parentes, os caixões foram mantidos fechados. Alguns reconhecimentos, no Instituto Médico Legal, não foram acompanhados por pais, mas por amigos que sabiam detalhes sobre as vítimas.
Este foi o caso do adolescente Leonel, reconhecido após o encontro de seu corpo pois o jovem utilizava aparelho nos dentes.
Ao contrário do que era esperado, os técnicos não encontraram corpos desmembrados. "Em face ao uso da máquina, os corpos saíram em bom estado, apesar de deformados pelo peso dos blocos", disse o perito criminal José Afonso Alvernaz que trabalhava junto aos escombros.
No IML, o corpo do médico Milton Martins só foi identificado pelo exame da arcada dentária.
O garoto Miltinho foi reconhecido pelo tamanho, e os demais pelas roupas, mas mesmo assim, para efeito legal, foram submetidos ao exame de arcada dentária.
André Guimarães, sobrinho do engenheiro Gerardo de Azevedo Queiroz, morto no desabamento, que participa da comissão de moradores com acesso aos escombros, não sai do local desde as 18h30 de anteontem. Ele espera que seja encontrado o corpo de Queiroz, a última vítima ainda não localizada. (MO E FE)



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