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Identificação das
vítimas foi difícil
enviado especial ao Rio
da Sucursal do Rio
O desfiguramento e o adiantado
estado de decomposição dos cadáveres dificultou a identificação oficial dos corpos das vítimas do desabamento.
O tempo, o calor e o impacto da
queda deixaram os corpos com os
ossos à mostra.
Para não abalar ainda mais os
parentes, os caixões foram mantidos fechados. Alguns reconhecimentos, no Instituto Médico Legal, não foram acompanhados por
pais, mas por amigos que sabiam
detalhes sobre as vítimas.
Este foi o caso do adolescente
Leonel, reconhecido após o encontro de seu corpo pois o jovem
utilizava aparelho nos dentes.
Ao contrário do que era esperado, os técnicos não encontraram
corpos desmembrados. "Em face
ao uso da máquina, os corpos saíram em bom estado, apesar de deformados pelo peso dos blocos",
disse o perito criminal José Afonso
Alvernaz que trabalhava junto aos
escombros.
No IML, o corpo do médico Milton Martins só foi identificado pelo exame da arcada dentária.
O garoto Miltinho foi reconhecido pelo tamanho, e os demais pelas roupas, mas mesmo assim, para efeito legal, foram submetidos
ao exame de arcada dentária.
André Guimarães, sobrinho do
engenheiro Gerardo de Azevedo
Queiroz, morto no desabamento,
que participa da comissão de moradores com acesso aos escombros, não sai do local desde as
18h30 de anteontem. Ele espera
que seja encontrado o corpo de
Queiroz, a última vítima ainda
não localizada.
(MO E FE)
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