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PLANTÃO MÉDICO
Uma doença a caminho da eliminação
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
A administração de duas drogas
em massa, na população de regiões endêmicas do Egito portadora dos agentes da elefantíase
(filariose linfática), praticamente
eliminou a presença dos parasitas
nessas áreas.
A elefantíase é provocada por
vermes que, em sua forma de larva infectante, é disseminada por
mosquitos. Não há droga disponível para os vermes adultos, que
se instalam e provocam obstrução
de vasos linfáticos e linfonodos e
levam à aparência que desfigura
áreas do corpo, como as pernas.
Os membros inferiores ficam tão
inchados que lembram a aparência da pata do elefante; daí popularmente o nome de elefantíase
para doença.
Entretanto, para as larvas que se
transformam em microfilárias e
ficam circulando no sangue, existe o tratamento que irá impedir
que cresçam e se transformem em
vermes adultos. As drogas, dietilcarbazamine e albendazol, são altamente eficazes e de baixo custo.
A redução dramática da incidência da elefantíase com os dois
remédios é relatada na revista
"The Lancet" por Reda Ramzy e
colaboradores da Universidade
Ain Shams, no Cairo, e Gary Weil
e colaboradores da Universidade
Washington em St. Louis, EUA.
Os epidemiologistas estimam
em 120 milhões o número de infectados pelos vermes da filaria
residentes em 83 países de regiões
tropicais. Segundo a Organização
Mundial da Saúde, dos infectados, cerca de 40 milhões apresentam sintomas clínicos, colocando
essa enfermidade como uma das
principais causas de invalidez.
No Brasil, Zulma Medeiros e colaboradores indicam na "Revista
Brasileira de Epidemiologia"
(março de 2004) a estimativa de
49 mil pessoas infectadas pelo
agente da filariose linfática residindo em três áreas consideradas
endêmicas: Maceió, Belém e a região metropolitana de Recife.
Doença de Parkinson
No próximo domingo, dia 9, às
10h, no parque Ibirapuera, a Associação Brasil Parkinson promove o Dia Internacional do Parkinsoniano (que transcorre dia 11,
terça-feira) e comemora o 20º aniversário de sua fundação.
Na marquise do parque, serão
distribuídos materiais de orientação a portadores da doença e familiares e será realizada a divulgação das atividades da ABP como a
exposição de pinturas produzidas
por parkinsonianos e a apresentação do coral da ABP.
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