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Total de mortes do 1º trimestre subiu ao menos 22% nas rodovias estaduais
Número pode ser maior porque ainda não foram computados os últimos dias de março
GEORGE ARAVANIS
DA FOLHA RIBEIRÃO
O número de mortes em acidentes nas rodovias estaduais
de São Paulo cresceu pelo menos 22,5% no primeiro trimestre deste ano em comparação
com o mesmo período de 2007.
Segundo os dados oficiais,
porém, o aumento ainda é de
21,2%. Passou de 418 de janeiro
a março de 2007 para 507 até
25 de março deste ano -a Polícia Militar Rodoviária ainda
não contabilizou os índices dos
últimos dias do trimestre. Em
média, 5,9 pessoas morreram
por dia, ante 4,6 em 2007.
A diferença será ainda maior
porque, segundo a própria polícia, nos últimos dias de março
houve vários acidentes fatais.
Não estão computadas, por
exemplo, as cinco mortes ocorridas na rodovia Candido Portinari, na sexta-feira, em Rifaina,
quando um caminhão invadiu a
pista contrária e bateu de frente com uma Kombi que transportava alunos da Apae. Com
elas, o crescimento é de 22,5%.
O aumento no número de
acidentes não acompanhou o
ritmo das mortes. Neste ano,
houve 17.938 acidentes, 2,3% a
mais do que no primeiro trimestre de 2007, quando foram
registrados 17.521 ocorrências.
O total de feridos com gravidade caiu 1,1%. Em 2007, 2.062
pessoas se feriram gravemente;
neste ano, 2.039. A redução de
feridos leves foi mais acentuada: 9,4% (de 6.829 para 6.185).
O tenente Márcio Castro,
chefe do setor de Assuntos Civis da Polícia Militar Rodoviária, disse que o aumento no número de mortes é resultado direto do crescimento da frota de
veículos no Estado -segundo
dados do Detran, só em janeiro
a frota ganhou 102 mil carros.
"As facilidades de pagamento
para a compra dos carros geram um aumento do número
de carros e isso aumenta o risco
de acidentes", afirmou.
Mais carros significam mais
motoristas nas ruas. De acordo
com a polícia, os novos condutores são mais suscetíveis a envolverem em acidentes, em razão da inexperiência.
Segundo o tenente, o aumento das mortes também pode ser
creditado ao fato de muitos acidentes terem ocorrido em feriados prolongados. "Com muitas pessoas no carro, ocorreram mais mortes em alguns
acidentes. Num caso em que
normalmente ocorreria uma
morte, se o carro está cheio, pode haver várias", disse Castro.
O tenente Luiz Eduardo Junqueira, comandante interino do
batalhão da Polícia Rodoviária
de Ribeirão Preto, disse que
cerca de 90% dos acidentes com
mortos ocorrem sem colisões.
"São capotamentos ou casos de
quem dormiu no volante."
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