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Retorno precário leva guincho a andar 40 km para socorrer usuário
DA REPORTAGEM LOCAL
Os três guinchos à disposição
dos motoristas no Rodoanel
penaram ontem. Por causa da
precariedade dos retornos, percorriam até 40 km para chegar
ao usuário que pedisse ajuda
-por celular, pois telefone para
chamar socorro não havia.
A demora para o guincho
chegar era de ao menos meia
hora, disse um funcionário à
Folha. Às 16h30, ele mediava o
atendimento de cinco carros ou
caminhões quebrados simultaneamente. Desde as 6h, disse
ele, houve cerca de 30 -índice
que considerou alto. Foram 27,
segundo a Secretaria de Estado
dos Transportes.
À disposição dele, apenas um
radiocomunicador e uma única
linha para atender às ligações
de socorro, sempre ocupada. A
reportagem tentou 15 vezes e
conseguiu falar apenas em duas
ocasiões, à tarde.
O número (0/xx/11/4667-1682) não constava ontem da
página na internet do governo
de SP, da Secretaria dos Transportes, da Dersa ou do DER
(Departamento de Estradas de
Rodagem), todos com alguma
responsabilidade sobre a via.
Segundo o funcionário, o telefone era provisório. Como
descobri-lo? O usuário com
problemas nos 61,5 km do Rodoanel tinha de ligar para o
DER (0800-0555510, informado em placas na via) e ouvir um
recado. Mas isso exigia paciência: o sinal de ocupado era
constante. Para ser atendido,
era mais fácil o automóvel com
problemas ser visto por algum
guincho do que depender do telefone para pedir auxílio.
No início da noite, mudou-se
o procedimento -e o 0800, enfim, passou a ser usado. A alteração ocorreu após a Folha avisar a secretaria. De acordo com
a pasta, o 0800-0555510 é o
número correto.
A reportagem perguntou à
secretaria sobre os problemas
que viu no Rodoanel. Sobre a
ausência de retornos, ouviu
que "o trecho sul é igual ao oeste, uma estrada classe zero sem
posto de gasolina e sem retorno" e que a via está perfeitamente sinalizada. A pasta disse
que são cinco guinchos -três
para carros e dois para caminhões; a Folha viu só três, mesmo número informado pelo
funcionário. Há ainda duas ambulâncias, 19 veículos de monitoramento e 113 agentes de
apoio, afirma a pasta.
(RG)
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