São Paulo, sexta-feira, 02 de abril de 2010

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Retorno precário leva guincho a andar 40 km para socorrer usuário

DA REPORTAGEM LOCAL

Os três guinchos à disposição dos motoristas no Rodoanel penaram ontem. Por causa da precariedade dos retornos, percorriam até 40 km para chegar ao usuário que pedisse ajuda -por celular, pois telefone para chamar socorro não havia.
A demora para o guincho chegar era de ao menos meia hora, disse um funcionário à Folha. Às 16h30, ele mediava o atendimento de cinco carros ou caminhões quebrados simultaneamente. Desde as 6h, disse ele, houve cerca de 30 -índice que considerou alto. Foram 27, segundo a Secretaria de Estado dos Transportes.
À disposição dele, apenas um radiocomunicador e uma única linha para atender às ligações de socorro, sempre ocupada. A reportagem tentou 15 vezes e conseguiu falar apenas em duas ocasiões, à tarde.
O número (0/xx/11/4667-1682) não constava ontem da página na internet do governo de SP, da Secretaria dos Transportes, da Dersa ou do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), todos com alguma responsabilidade sobre a via.
Segundo o funcionário, o telefone era provisório. Como descobri-lo? O usuário com problemas nos 61,5 km do Rodoanel tinha de ligar para o DER (0800-0555510, informado em placas na via) e ouvir um recado. Mas isso exigia paciência: o sinal de ocupado era constante. Para ser atendido, era mais fácil o automóvel com problemas ser visto por algum guincho do que depender do telefone para pedir auxílio.
No início da noite, mudou-se o procedimento -e o 0800, enfim, passou a ser usado. A alteração ocorreu após a Folha avisar a secretaria. De acordo com a pasta, o 0800-0555510 é o número correto.
A reportagem perguntou à secretaria sobre os problemas que viu no Rodoanel. Sobre a ausência de retornos, ouviu que "o trecho sul é igual ao oeste, uma estrada classe zero sem posto de gasolina e sem retorno" e que a via está perfeitamente sinalizada. A pasta disse que são cinco guinchos -três para carros e dois para caminhões; a Folha viu só três, mesmo número informado pelo funcionário. Há ainda duas ambulâncias, 19 veículos de monitoramento e 113 agentes de apoio, afirma a pasta. (RG)



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