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Ex-coordenador do Rio faz novas críticas
da Reportagem Local
O antropólogo Luiz Eduardo
Soares, ex-coordenador de Segurança e Cidadania do Rio de Janeiro, voltou a apontar a existência de focos de corrupção na polícia fluminense e a criticar as atitudes do governador do Rio, Anthony Garotinho (PDT).
As declarações de Soares foram
dadas ao programa "Roda Viva",
da TV Cultura, que iria ao ar na
noite de ontem. O programa foi
gravado nos Estados Unidos, para
onde Soares viajou em 21 de março, após ser demitido por ter denunciado a existência de uma
"banda podre" na polícia do Rio.
Na entrevista, Soares afirma que
a "banda podre" tem estruturas
distintas na Polícia Civil e na Polícia Militar. Segundo ele, a corrupção civil é institucionalizada. Na
PM, diz, os esquemas estão na base da corporação, sobre a qual o
comando não tem controle.
"O soldado, o policial da área, é
o operador da bolsa de liberdade,
negocia prisões e fugas", disse. "A
diferença (entre as polícias) está
no grau de comprometimento da
instituição com a banda podre."
O antropólogo sustentou que
decidiu denunciar a existência da
"banda podre" da polícia porque
estava se sentindo "santo de bordel", dando legitimidade a uma
política de segurança que seguia
rumos dos quais discordava.
"Decidi, então, trazer à tona a
problemática porque achava necessário empurrar o governador
para uma decisão. O governador
opera com um método em todo o
governo: a ambiguidade."
Ao comentar a saída do PT do
governo, Soares classificou algumas atitudes de Garotinho como
"próprias do fascismo, vergonhosas e canalhas".
A assessoria de Garotinho informou que ele não comentaria as
afirmações de Soares porque a
entrevista ainda não fora ao ar.
Colaborou a Sucursal do Rio
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