São Paulo, terça-feira, 02 de maio de 2000


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Ex-coordenador do Rio faz novas críticas

da Reportagem Local

O antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-coordenador de Segurança e Cidadania do Rio de Janeiro, voltou a apontar a existência de focos de corrupção na polícia fluminense e a criticar as atitudes do governador do Rio, Anthony Garotinho (PDT).
As declarações de Soares foram dadas ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, que iria ao ar na noite de ontem. O programa foi gravado nos Estados Unidos, para onde Soares viajou em 21 de março, após ser demitido por ter denunciado a existência de uma "banda podre" na polícia do Rio.
Na entrevista, Soares afirma que a "banda podre" tem estruturas distintas na Polícia Civil e na Polícia Militar. Segundo ele, a corrupção civil é institucionalizada. Na PM, diz, os esquemas estão na base da corporação, sobre a qual o comando não tem controle.
"O soldado, o policial da área, é o operador da bolsa de liberdade, negocia prisões e fugas", disse. "A diferença (entre as polícias) está no grau de comprometimento da instituição com a banda podre."
O antropólogo sustentou que decidiu denunciar a existência da "banda podre" da polícia porque estava se sentindo "santo de bordel", dando legitimidade a uma política de segurança que seguia rumos dos quais discordava.
"Decidi, então, trazer à tona a problemática porque achava necessário empurrar o governador para uma decisão. O governador opera com um método em todo o governo: a ambiguidade."
Ao comentar a saída do PT do governo, Soares classificou algumas atitudes de Garotinho como "próprias do fascismo, vergonhosas e canalhas".
A assessoria de Garotinho informou que ele não comentaria as afirmações de Soares porque a entrevista ainda não fora ao ar.


Colaborou a Sucursal do Rio

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