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Biólogo vê risco de contaminação
DA SUCURSAL DO RIO
O biólogo Mário Moscatelli disse considerar "uma temeridade"
o depósito de lama retirada do
fundo da baía de Guanabara e de
canais que nela deságuam em um
terreno ao lado dos manguezais.
Segundo ele, a lama acumulada
no leito dos canais e da baía armazena cargas poluentes industriais
e orgânicas. Aquela região é uma
das mais poluídas da baía.
"Em qualquer material dragado
da baía há o risco de tornar os metais pesados, até então imobilizados no sedimento, passíveis de serem absorvidos pela cadeia alimentar", afirmou Moscatelli.
Os metais pesados, como
chumbo, zinco e cádmio, são nocivos ao organismo humano. Podem até causar morte.
De acordo com o engenheiro
químico José Roberto de Souza
Araújo, a lama na Reduc deve ter
uma contaminação orgânica
maior do que a industrial.
"A lama é esgoto mesmo. Agora, se for lama com óleo, é outra
história. O grande problema do
refino do petróleo é o óleo, que
causa danos físicos, adere, suja os
bichos, mata. Quando o óleo é recente, tem muita substância volátil, que é tóxica", disse ele.
Especialistas opinam que a Reduc, para recuperar a área, deveria ter providenciado o plantio de
espécies típicas de manguezais.
"Esse trabalho de recuperação
tem como ser feito sem jogar lama
no terreno", afirmou o biólogo
Fernando Pinto.
(ST)
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