DAS REGIONAIS

Um rapaz foi assassinado com um tiro no pescoço na madrugada de ontem dentro da moradia estudantil da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que fica próxima ao campus, ao lado de um dos prédios, onde acontecia uma festa com a presença de cerca de 50 pessoas.
A vítima do disparo, Bruno Carvalho de Souza, 22, chegou a ser levada para o pronto-socorro do Hospital das Clínicas da Unicamp, mas o rapaz não resistiu ao ferimento.
Segundo a nota divulgada pela assessoria de imprensa da universidade, ele não era estudante da Unicamp e residia no bairro de São Gonçalo, ao lado da moradia.
Em depoimento à polícia, o pai do rapaz disse que Souza tinha ido à festa no alojamento.

Sem pista
A polícia informou não haver ainda pistas do assassino nem suspeito. "Nós investigamos a possibilidade de latrocínio e até uma possível divergência entre os estudantes", disse o delegado Paulo Maurício Impossinatti.
Duas estudantes que seriam responsáveis pela organização da festa afirmaram à polícia que não conheciam a vítima e não souberam informar se ela estava no evento.
A reportagem da Folha tentou falar com uma delas, mas ela não quis conceder entrevista.
Ainda conforme o delegado Impossinatti, testemunhas afirmaram que ouviram quatro disparos por volta das 3h30 de ontem e também uma discussão entre os estudantes que estavam na festa e um grupo de pessoas que estava em um bar em frente à moradia estudantil.
Um dos vigias disse à polícia que viu um suspeito com uma arma correndo para fora do prédio, logo após os tiros.
No momento do crime, cinco vigias faziam a segurança da área. Aproximadamente 500 estudantes moram no local. Nas duas portarias que dão acesso à moradia, não há controle da entrada nem da saída de pessoas.
Segundo universitários que residem no alojamento ouvidos ontem pela Folha e que não quiseram se identificar, é comum a ocorrência de roubos, tráfico de drogas e tentativas de estupro na moradia.
Segundo a nota da Unicamp, a moradia estudantil oferece residências para estudantes de baixa renda que são matriculados nos cursos da universidade.
A Unicamp não se pronunciou a respeito das denúncias feitas por estudantes.


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