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ACIDENTE
No quinto caso suspeito de explosão neste ano, vítima teve queimaduras nas coxas; Motorola diz não ter dados sobre a explosão
Estudante é operada após celular explodir
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma estudante de 34 anos sofreu queimaduras e ferimentos
nas coxas e no antebraço após um
aparelho de celular explodir em
seu colo. O acidente, o quinto caso
suspeito neste ano, aconteceu no
domingo, dentro do carro da vítima, em Formosa (GO).
A estudante foi internada no
Hospital Regional da Asa Norte,
em Brasília. Segundo sua família,
ela foi submetida a uma cirurgia
de três horas e terá de fazer cirurgia plástica depois que melhorar.
De acordo com o hospital, a mulher passa bem e pode ter alta hoje. O celular que explodiu, segundo a família, é da Motorola. Procurada, a empresa informou não
ter dados para poder comentar o
caso.
A vítima não quis falar com a
imprensa, e a família pediu que
seu nome não fosse divulgado.
Moradora de Planaltina (DF), a
estudante chegava a Formosa no
momento do incidente. Depois de
fazer prova para um concurso público em Brasília, partiu às 18h de
domingo para encontrar o marido, os dois filhos, de seis e dois
anos, e alguns familiares, que
acampavam.
Segundo Suzana E., tia da estudante, quando estava quase no local do encontro a vítima parou o
carro, um Gol vermelho, ano
1993, numa estrada de terra para
ir ao banheiro. Desligou o celular
em que falava com o marido e o
colocou no colo, onde já estava
um outro aparelho. Nesse momento, o aparelho explodiu.
De acordo com a tia, o celular
em que a estudante falava, da
marca Motorola, foi o que explodiu. A explosão teria provocado
uma reação em cadeia, e o outro
celular, da marca Nokia, também
explodiu, segundo o relato da tia,
que esteve no hospital para visitar
a vítima e falou com ela.
O marido também não quis falar com a imprensa, mas registrou
um boletim de ocorrência no 2º
DP, em Brasília. Gerente administrativo de uma empresa, ele relatou no documento que falava com
a mulher pelo telefone pouco antes da explosão.
A tia contou que, depois do incidente, a mulher saiu caminhando
ao encontro da família, que estava
a poucos metros. Começou a gritar para chamar a atenção. A primeira a vê-la foi uma irmã, que,
em estado de choque, não conseguiu socorrê-la. Em seguida, o
marido a viu e a socorreu.
Primeiro, a vítima foi levada a
um hospital em Formosa, mas o
caso foi considerado grave e ela
teve de ser encaminhada a Brasília. "Se ela estivesse falando [no
telefone], hoje era velório mesmo", disse Suzana, a tia, que afirmou que a sobrinha está "deprimida e muito abalada".
No hospital, uma funcionária
que disse ser chefe de equipe e se
identificou apenas como Sônia
-questionada duas vezes, afirmou ser seu direito não dar o nome completo- informou que a
vítima estava "muito tranqüila".
O celular que explodiu foi comprado há poucos meses, e, segundo a tia, a bateria é original.
Apesar de o boletim de ocorrência ter sido registrado em Brasília,
o caso será investigado em Formosa. De acordo com o delegado
Cleidiomar Mendes, do 2º DP, o
caso tem de ser apurado onde ele
ocorreu. Além disso, o carro e o
que restou dos celulares continuam no local, perto de Formosa,
a cerca de 90 km de Brasília.
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