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Dutra melhorou mas é muito cara, diz usuário
da Reportagem Local
Quando descobriu que seu veículo estava sem freio, o comerciante Aílton Ferrabraz, 45, desviou para o acostamento e acabou
tombando a carreta. Ligou para o
S.O.S Usuário da rodovia Dutra e
foi atendido "na hora", diz.
Para Ferrabraz, depois da privatização, a estrada ficou "excelente". O comerciante, que passa todos os dias pelo local, diz que antes o local estava "largado", hoje
tem assistência 24 horas.
Desde que foi privatizada, a estrada conta com postos de telefone para pedido de socorro a cada
quilômetro, com carros de resgate, ambulância e guincho à disposição do usuário.
"Está muito melhor", diz o comerciante socorrido pelo serviço.
A mesma opinião é compartilhada pelo empresário paulista Paulo
Montarelli, 39, que costuma viajar
para pescar com a família nos finais-de-semana.
"Melhorou a sinalização, a segurança e a pavimentação", afirma Ferrabraz.
Para Montarelli, o preço pago
nos pedágios, considerado alto
por outros usuários, compensa
pelos serviços oferecidos.
Na opinião do empresário, "todas as estradas deveriam ser privatizadas."
Muito caro
Já para o caminhoneiro Aílton
Lima de Freitas, 51, a estrada
"melhorou muito", mas o pedágio "é muito caro".
Há 15 anos transportando cargas
na via Dutra, Freitas diz que para
ir de São Paulo ao Rio de Janeiro e
voltar, gasta cerca de 80 reais, nos
oito pedágios do trajeto.
"Fica muito caro para quem é
caminhoneiro", reclama Freitas.
Segundo ele, pelo preço dos pedágios-R$ 3,30 por eixo-, deveria ser cobrado apenas o trecho
de ida ou o da volta.
O valor seria muito mais alto do
que o cobrado em outros países,
de acordo com Freitas. O governo
deveria "baixar o preço", diz.
No entanto, o caminhoneiro admite que, apesar do valor do pedágio estar mais alto do que o de antes da privatização, hoje a manutenção da estrada é muito melhor.
Freitas diz que antigamente sabia até onde ficava os buracos da
pista.
"Era uma "buracada' que Deus
me livre", conta.
(LIA HAMA)
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