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LITORAL
Grupo de 70 moradores paralisou ontem o tráfego da rodovia Rio-Santos em Ubatuba
Protestos e greve ameaçam feriado
da Folha Vale
Protestos de moradores, ameaça
de greve de funcionários de empresas de ônibus e o corte de linhas telefônicas de delegacias
ameaçam o feriado prolongado no
litoral norte.
Ontem, um grupo de 70 moradores do bairro Pedreira, em Ubatuba, paralisou ontem o tráfego da
rodovia Rio-Santos das 9h até as
11h. A estrada foi bloqueada com
galhos e pneus no km 47 da rodovia, a cerca de dois quilômetros do
trevo de entrada da cidade.
Devido ao protesto, os motoristas tiveram de percorrer mais cinco quilômetros pelo desvio feito
para o centro da cidade.
As filas chegaram a somar dois
quilômetros. Polícia Rodoviária
Federal, Polícia Militar e Guarda
Municipal foram chamados para
negociar com os moradores e desviar o tráfego.
Os moradores estavam reivindicando a construção de uma ponte
sobre o rio Grande. A antiga ponte
foi levada pelas enchentes de 95 e a
prefeitura havia se comprometido
em construir uma nova ponte,
mas nada foi feito até agora.
O presidente da Sociedade de
Amigos de Bairro da Pedreira, Itamar Alves Dias, só convenceu os
manifestantes a desbloquear a estrada após a chegada do secretário
de Obras de Ubatuba, Jeriel da Silva Rocha.
O secretário se comprometeu a
iniciar na segunda-feira os trabalhos para a construção de uma
ponte provisória no local.
Motoristas e cobradores da Litorânea Transportes Coletivos Ltda.,
empresa responsável pelas linhas
entre Ubatuba e São Sebastião, decidem hoje se entram em greve
por tempo indeterminado.
A empresa foi a única das cinco
que atuam no litoral que se recusou a assinar, na última quarta, o
acordo coletivo com a categoria,
que evitou uma paralisação geral
durante o feriado prolongado.
Um protesto com os cerca de 80
trabalhadores da empresa foi marcado para hoje, a partir das 5h, no
terminal rodoviário de Caraguá.
Pelo menos duas delegacias do
litoral norte estão com os telefones cortados.
Em Ubatuba, os telefones do
plantão foram desligados, impedindo o contato do público com as
delegacias.
De acordo com a polícia de Ubatuba, o transtorno maior é durante a noite e nos finais de semana.
Em Caraguá, o telefone do cartório central, usado para fornecer
dados a população, também foi
desligado.
O músico Márcio Nunes, 30,
tentou ligar para a delegacia de
Ubatuba há duas semanas e não
conseguiu. "Eu precisava falar
com um funcionário de lá e não
consegui. Soube depois, que o telefone estava cortado por falta de
pagamento", disse.
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