São Paulo, domingo, 02 de junho de 2002

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ENTREVISTA

PATENTES

Unifesp investe em proteção da produção

DA REPORTAGEM LOCAL

Universidades brasileiras começam a investir em serviços de proteção da atividade intelectual na área de saúde.
Segundo a presidente da Comissão de Marketing Institucional da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Regina Stella, os depósitos de patentes seguem a tendência mundial e são feitos em nome das universidades.
A Unifesp é responsável pela maior produção no setor, com mais de 31 mil trabalhos publicados entre 98 e 2000.

Folha - Como funciona o serviço?
Regina Stella
- Oferecemos um serviço de proteção das atividades intelectuais da nossa comunidade com a finalidade de valorizar as universidades brasileiras e seus pesquisadores. Dessa forma, evitamos a evasão da tecnologia nacional para o exterior, onde certamente seria patenteada. Seguimos a tendência mundial, que é o depósito de patentes em nome das universidades, como fazem as instituições norte-americanas.
Outras universidades brasileiras também estão investindo em núcleos como o nosso. Dois exemplos de sucesso são a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Além disso, o governo brasileiro, por meio do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, vem incentivando a criação dos núcleos universitários.

Folha - Qual é a produção da universidade?
Regina
- No triênio 1998/1999/ 2000 publicamos 31.771 trabalhos científicos derivados de pesquisas, o que representa a maior contribuição nacional na área.

Folha - O que é preciso para oferecer o serviço?
Regina
- Para a formação do núcleo de atividades, ainda em fase de instalação, a Unifesp investiu na capacitação de sua assessoria jurídica na área da propriedade intelectual e de sua assessoria de marketing.

Folha - A universidade já tem quantos produtos patenteados?
Regina
- A Unifesp tem em seu nome sete depósitos de patentes publicados, 14 registros de marcas e dois registros de programas de computador.
As patentes protegem produtos nas diversas áreas de pesquisa da universidade, incluindo as áreas de psicobiologia, de bioquímica, de biofísica e de medicina preventiva, entre outras.
Dentre as patentes podemos destacar as de produtos para diagnóstico de doença de Chagas, para proteção contra o desenvolvimento de úlcera gástrica e para incremento de memória.
Além dessas patentes, por iniciativa dos órgãos de fomento de pesquisas, como Fapesp e CNPQ, dentre outros, foram depositadas outras em nome dos pesquisadores ou desses órgãos.

Folha - Algum pesquisador já conseguiu receber alguma coisa pelos produtos?
Regina
- Até agora nenhum pesquisador recebeu royalties diretamente da Unifesp, pois o núcleo é relativamente novo.



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