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EDUCAÇÃO
Paralisação de professores e funcionários completa hoje 7 dias; amanhã, será realizado ato na avenida Paulista
Alunos da USP votam hoje apoio à greve
DA REPORTAGEM LOCAL
Estudantes da USP (Universidade de São Paulo) decidem hoje,
durante assembléia às 18h, se irão
apoiar a greve dos professores e
funcionários da instituição -que
estão parcialmente parados há sete dias. A paralisação atinge ainda
a Unesp (Universidade Estadual
Paulista) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
"Será o momento de congregação dos debates sobre a greve, que
até agora ocorreram apenas nas
unidades. O clima entre os estudantes é de mobilização de apoio
à greve. Acho difícil o resultado da
assembléia ser diferente desse",
prevê Alessandra Terribili, 24, diretora do DCE (diretório estudantil). A assembléia será realizada na
Faculdade de Educação.
Ela diz que a intenção dos alunos não é deixar de freqüentar as
aulas, já que só algumas unidades
estão completamente paradas. A
Adusp (associação de docentes)
contabiliza cerca de 55% de professores parados, o sindicato dos
funcionários aponta 75% de adesão. A assessoria da USP diz não
ser possível especificar o número
de funcionários parados.
Os estudantes também têm
pauta de reivindicações, centrada
nas fundações da USP. "Questionamos a presença das fundações
na USP e este é um momento que
pode ser usado para rediscutirmos o tema", diz Terribili.
Ontem, funcionários em greve
voltaram a realizar piquetes.
A próxima reunião da categoria
com o Cruesp (Conselho de Reitores da Universidades Estaduais
Paulistas) acontece na segunda-feira. Na sexta, será realizada reunião com uma comissão técnica.
Amanhã está previsto um ato
com alunos, professores e funcionários da USP, da Unesp e da Unicamp em frente ao Masp, na avenida Paulista, às 12h. De lá, eles seguem em passeata até a Assembléia Legislativa.
A categoria reivindica 16% de
reajuste salarial e aumento do repasse fixo de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços) que o Estado faz às universidades, de 9,57% para 11,6%.
O Cruesp alega não ter condições
de propor qualquer reajuste.
Na Unicamp, começa hoje a paralisação gradual dos funcionários do Hospital das Clínicas. A
expectativa do sindicato é que ao
menos 20% dos funcionários do
HC e do Centro de Atendimento
Integral à Saúde da Mulher deixem de trabalhar hoje.
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