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Brasil discute como atrair observadores de pássaros
Rico em espécies de aves, país recebe 400 visitantes estrangeiros por ano
Encontro em SP tem ainda cursos sobre observação para iniciantes, sobre como fotografar esse animais e como gravar seu canto
AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL
A idéia é alavancar o turismo
para observação de aves no
Brasil, um setor que no exterior
mobiliza mais de 80 milhões de
pessoas. Como fazer isso é uma
das principais questões debatidas no Avistar 2006 - 1º Encontro Brasileiro de Observação de
Aves, em São Paulo.
O evento, que começou anteontem e termina amanhã,
promove ainda debates, cursos
de observação de aves para iniciantes, de como fotografar
pássaros e de como gravar
o canto dos animais a partir
de hoje.
"Pela riqueza ambiental que
o Brasil tem podemos atrair
muitos turistas que já praticam
a observação de aves no exterior", diz Edson Mello, professor de turismo do Senac.
Estima-se que 80 milhões de
pessoas sejam adeptas do
hobby no exterior. O Brasil recebe cerca de 400 praticantes
estrangeiros por ano, que movimentam US$ 1 milhão.
"Nosso país é um dos mais ricos em espécies de aves, temos
cerca de 1.820. O "birdwatching", além de gerar renda,
ajuda na preservação dos animais. Sem eles, a atividade deixa de existir", afirma Israel Waligora, diretor da Abeta (Associação Brasileira de Empresas
de Turismo de Aventura).
De acordo com Maurício Marinho, diretor do Parque Estadual Intervales, no ano passado
cem estrangeiros visitaram o
local para observar aves.
"Eles vêm principalmente da
Europa e dos Estados Unidos.
Temos grupos da Inglaterra,
Alemanha, Israel, Austrália e
até do Sri Lanka. Espero que o
encontro estimule grupos brasileiros a fazerem o mesmo",
conta.
O monitor do Intervales Luiz
Avelino Ribeiro, 49, é considerado um "especialista" em observação de aves e costuma
acompanhar os grupos de estrangeiros, mesmo sem falar
inglês. "Como eu sei o nome
científico das aves, todos me
entendem", explica.
Feira
O Avistar, promovido pelo
Centro Universitário Senac
e pela Rede Avistar Brasil,
também tem uma feira de produtos e serviços com a participação de empresas, secretarias
de turismo e parques, como o
Intervales.
Os deficientes visuais também foram contemplados com
uma oficina para treinar a reconhecer diferentes espécies por
meio dos sons.
Outro destaque do Avistar é a
exposição de gravuras feitas pelo pintor naturalista francês
Paul Barruel, que ilustram seu
livro "Ornitologia Brasileira",
publicado na década de 70.
Na abertura do evento foi feita uma homenagem a Helmut
Sick -que morreu há 15 anos e
é considerado o mestre dos observadores.
O Depave (Departamento de
Parques e Áreas Verdes de São
Paulo), que também participa
da feira, faz a distribuição gratuita do "Guia de Aves do Parque Ibirapuera" aos visitantes.
NA INTERNET - Mais informações e
a programação do evento
www.avistarbrasil.com.br
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