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Jovem é atacado por tubarão em Pernambuco
Após ser mordido, adolescente nadou até a praia, onde foi socorrido; ele teve a mão direita amputada e corria risco de morte
Caso foi o primeiro do ano,
de acordo com o Corpo de
Bombeiros; ataques são
mais freqüentes entre os
meses de abril e setembro
DA REPORTAGEM LOCAL
Um adolescente foi atacado
ontem por um tubarão no posto 4 da praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes (PE), na
região metropolitana de Recife.
Wellington Luan dos Santos,
14, teve a mão direita amputada
pelo tubarão e sofreu ferimentos nas nádegas. Ele nadava
com um amigo a 20 metros da
areia, em águas de cerca de 15
metros de profundidade.
Após ter sido mordido, por
volta das 15h, o jovem nadou
até a areia, onde foi socorrido
por banhistas e por salva-vidas.
Os bombeiros o levaram para
o hospital da Aeronáutica. De
lá, ele foi transferido para o
hospital da Restauração, em
Recife, onde estava sendo operado no final da tarde de ontem.
Como perdeu muito sangue,
Santos corria risco de morte.
De acordo com o Corpo de
Bombeiros, a mãe de criação do
adolescente afirmou que ele
havia consumido bebida alcoólica antes de sair para nadar.
Ainda segundo os bombeiros,
há, no trecho em que ocorreu o
ataque, uma placa que indica o
perigo de ataques de tubarão.
Santos nadava em um ponto
a cerca de 500 metros da igreja
de Piedade e do posto dos bombeiros, onde se concentram os
banhistas e os salva-vidas.
Esse foi o primeiro ataque de
tubarão no litoral de Pernambuco neste ano e o 51º desde
1992, de acordo com os bombeiros. A última ocorrência havia sido em julho de 2006.
Tigre e cabeça-chata
Estudos feitos pela UFRPE
(Universidade Federal Rural de
Pernambuco) revelaram que
tubarões-tigre e cabeça-chata
seriam responsáveis por ataques no litoral do Estado.
Segundo as pesquisas, a
construção do porto de Suape,
em Cabo de Santo Agostinho
(30 km de Recife), mudou o estuário do rio Jaboatão, local de
procriação dos cabeça-chata.
Além disso, os dejetos lançados pelos navios no mar também atrairiam os tubarões.
A concentração de ataques
entre abril e setembro estaria
relacionada, entre outros fatores, a alterações na salinidade
da água provocadas pelas chuvas.
(MARIANA IWAKURA)
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