DA SUCURSAL DO RIO

A promotora de Justiça Márcia Teixeira Velasco -cujo segurança do filho matou um jovem de 18 anos- divulgou carta em que diz ter recebido em 19 de junho mais uma ameaça de morte que teria partido do traficante Fernandinho Beira-Mar, contra quem atuou.
Laudo do IML do Rio aponta que o corpo do jovem morto não apresenta marcas de agressão, afirmou o diretor de Polícia da Capital, Sérgio Caldas. Ele foi atingido por um tiro disparado pelo PM Marcos Parreira do Carmo, que fazia a segurança do filho da promotora.
Filho e promotora estão sob proteção policial há sete anos. Segundo o MP, a promotora recebe ameaças por atuar em casos envolvendo o traficante.
Em carta ontem, Velasco lamenta que a presença de segurança para o filho seja interpretada como um "privilégio". "Pedro sempre tentou ter uma vida mais próxima da normalidade, com todas as dificuldades que teve por causa de nossa situação", escreveu.
A promotora atribuiu a nova ameaça que recebeu a Beira-Mar. "No último dia 19 de junho recebi nova comunicação de que ele, mais uma vez, disse que não descansará enquanto não me matar", afirmou ela.
A Folha não localizou ontem o advogado de Beira-Mar para falar sobre as ameaças.