São Paulo, sábado, 02 de julho de 2011

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35% das mortes em motos são em corredor de carro

DE SÃO PAULO

A passagem por corredores estreitos entre os carros é a causa de 35% dos acidentes fatais com motos em São Paulo.
O levantamento foi apresentado ontem pela CET. Baseado em registros oficiais dos últimos quatro anos, ele reforçou a discussão sobre a proibição da circulação de motocicletas no espaço apertado entre os demais veículos.
A restrição chegou a ser inserida no código de trânsito de 1998, mas acabou vetada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Agora, motiva uma nova discussão no Congresso Nacional.
O gerente de segurança no trânsito da CET, Luiz de Carvalho Montans, reconhece que, apesar da gravidade do problema, a "possibilidade política e prática é muito baixa" para impor a proibição.
A companhia estima que hoje quem anda de moto tem um risco 17 vezes maior de morrer no trânsito de São Paulo do que os usuários de automóveis.
Acidentes com motos são a segunda maior causa de internação por trauma no HC (Hospital das Clínicas) de São Paulo -correspondem a 19,5% dos atendimentos no serviço de cirurgia de emergência no ano passado. Perdem apenas para os atropelamentos -20,5% das internações por traumas.
O problema, que antes só era associado aos motoboys, hoje está espalhado entre pessoas que também usam a moto para ir ao trabalho, à escola e por lazer.
Em 2010, só 11% dos 478 motociclistas mortos na capital paulista eram motoboys, segundo a CET.
Outro agravante desses acidentes é a impunidade, já que a maioria dos radares não é capaz de flagrar motos infratoras. A CET diz que está em fase de contratação de seis radares portáteis voltados para esses veículos. (AI)


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