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Queixa fará empresa de lixo receber menos
Futuras contratadas para fazer limpeza de ruas terão de cumprir metas de aprovação
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
As empresas que serão
contratadas para fazer a limpeza das ruas da cidade de
São Paulo terão de cumprir
metas de aprovação.
Se houver muita reclamação dos moradores pela sujeira, terão desconto no valor
recebido. Se o número de
queixas aumentar, o contrato poderá ser rescindido.
Essa regra, que hoje não
existe em nenhum contrato
da Prefeitura de São Paulo,
será incluída no edital da licitação do novo modelo de limpeza urbana, anunciado ontem pelo prefeito Gilberto
Kassab (PSD).
Os principais detalhes da
licitação foram antecipados
pela Folha no domingo.
Entre as exigências estará
a instalação de 150 mil novas
lixeiras na cidade -hoje são
35 mil-, equipadas com
chips para leitura ótica.
O contrato ainda vai prever que as mesmas empresas
que varrem a rua cuidarão
também das bocas de lobo.
A limpeza é de responsabilidade das subprefeituras.
Nas próximas semanas, Kassab vai transferir a atividade
para a Secretaria de Serviços,
responsável pelos contratos
de limpeza.
Como o novo contrato será
bilionário (R$ 2,1 bilhões para três anos), com muitos serviços concentrados, só empresas de grande porte poderão participar da licitação.
A medida é contestada por
Gilson Lameira, ex-diretor do
Limpurb (Departamento de
Limpeza Urbana) da Prefeitura de São Paulo.
"Eu fico muito preocupado quando se fala em centralizar. Os contratos ficam muito grandes, difíceis de fiscalizar", afirmou.
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