DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um problema no programa de computador que controla os planos de vôo no CCA (Centro de Controle de Área) causou ontem atrasos de até uma hora e meia em vôos que partiam ou faziam conexão no aeroporto de Brasília. Ao todo, foram 71 vôos prejudicados, sete deles de carga.
O CCA é responsável pelo acompanhamento das aeronaves na região central do Brasil.
Grandes aeroportos -como os do Rio de Janeiro e de São Paulo- "assumem" as aeronaves apenas quando elas entram em território estadual.
O software que cuida dos planos de vôo foi alterado ontem por volta da 0h30, horário de menor movimento no aeroporto. Até as 7h funcionava corretamente, mas apresentou um problema de informática. Por precaução, os operadores ampliaram o distanciamento entre os aviões que saíam ou pousavam em Brasília.
As regiões Norte e Nordeste do país foram as mais afetadas, devido ao horário em foi registrado o problema no Distrito Federal.
A maior parte dos vôos partia para Estados dessas áreas, mas a Infraero não soube informar o número exato.
Entre 7h e 8h30, o intervalo entre um avião e outro -para pouso ou decolagem-, que normalmente varia entre um minuto e cinco minutos, foi ampliado.
A medida visava evitar um possível choque entre aeronaves. A partir das 8h30, o intervalo entre os vôos voltou ao normal. A distância varia de acordo com o tamanho e a potência da aeronave.
Durante a pane, aviões que tinham como destino Brasília pousaram seguindo um intervalo de cerca de 15 minutos entre um vôo e outro. Não houve decolagem nesse período.
Segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), o atraso em alguns vôos chegou a 40 minutos.
Já o Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), da Aeronáutica, informou que houve casos de até uma hora de demora.
O problema em Brasília causou atraso em cascata em alguns Estados. Em Belo Horizonte (Pampulha) e no Rio de Janeiro (Santos Dummont), o tráfego aéreo só voltou ao normal no período da tarde de ontem.
Apesar de mais afetados, a Infraero não soube informar até a conclusão desta edição quais Estados do Norte e do Nordeste tiveram atraso nos vôos.
A reportagem da Folha contatou o Cindacta para saber qual foi exatamente o problema apresentado pelo software de planos de vôos, mas não obteve resposta até a conclusão desta edição.



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