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DÁ PARA RESOLVER
Pólos de prevenção incentivam reflexão
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando uma criança é agredida
em sua própria casa, local onde
deveria se sentir protegida, cria-se
uma situação de profundo desamparo para a vítima. Ver-se
obrigada a conviver com o agressor e enfrentar o pacto de silêncio
que se costuma fazer podem gerar
efeitos catastróficos na formação
da personalidade de uma criança
ou de um adolescente.
Segundo a coordenadora-geral
do Centro de Referência às Vítimas de Violência do Sedes
(CNRVV), Dalka Chaves de Almeida Ferrari, o prêmio Criança
da Fundação Abrinq representa
para o Centro de Referência e para o Instituto Sedes Sapientiae um
reconhecimento pelo trabalho em
defesa dos direitos humanos e
"pelas ações voltadas ao enfrentamento da violência doméstica".
Existem, atualmente, 12 pólos
de prevenção na Grande São Paulo. Neles pais, educadores, crianças e jovens, em oficinas de dramatização, palestras e jogos de interação, refletem sobre a violência
e suas conseqüências. Refletem
sobre questões que, muitas vezes,
são encaradas com naturalidade,
como o castigo físico, violência
psicológica e abuso sexual.
Nos pólos de prevenção toma-se conhecimento do trabalho do
Conselho Tutelar, a quem cabe
encaminhar as denúncias de violência e abuso contra crianças, e o
efeito após algum tempo de funcionamento do núcleo é o aumento do número de denúncias.
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