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Companhias aéreas prevêem redução de cobertura no país
Número de cidades atendidas pode diminuir com reformulação da malha
Segundo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, novo modelo exigiria número maior de aeronaves ou corte no número de vôos
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
As empresas aéreas afirmam
que as determinações do Conac
(Conselho Nacional de Aviação
Civil) de reformulação da malha aérea vão reduzir a cobertura aérea no país.
Na prática, menos cidades
serão atendidas por aviões, segundo o presidente do SNEA
(Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), José Márcio Mollo.
Anteontem, as empresas alegaram ao governo que as mudanças previstas pelo Conac
não são viáveis. Elas tiveram
uma reunião com o brigadeiro
Jorge Godinho, assessor do ministro Nelson Jobim (Defesa).
Segundo Mollo, o assessor se
comprometeu a encaminhar as
queixas ao ministro. O modelo
proposto pelo governo exigiria
um número maior de aeronaves ou um corte no número de
vôos, segundo o sindicato.
A hipótese de uma redução
maior da cobertura aérea é polêmica. Desde 1999, mais de 40
aeroportos do país deixaram de
ser servidos por vôos regulares.
Os 15 principais aeroportos
concentram 73% dos vôos, segundo estudo do Nectar (Núcleo de Estudos em Competição e Regulação do Transporte
Aéreo), do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica).
As empresas afirmam que a
mudança é sinônimo de aumento de custos e de aviões parados em solo. Segundo o sindicato, os aviões passariam de 13
horas/dia de uso para em média 7 horas/dia de uso.
Segundo especialistas, a reação das empresas aéreas representa o receio de redução nas
margens de lucro. Um deles,
que pediu para não ser identificado, classificou a discussão como "puro lobby".
Mudanças
A Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) decidiu alterar o
regimento interno da agência
para agilizar a tomada de decisões. Agora, os diretores ficarão
responsáveis por superintendências e assessorias.
Denise Abreu ficará responsável pelas áreas de Serviços
Aéreos e Relações com os
Usuários. O diretor Jorge Velozo responderá pelas áreas de
Segurança Operacional e Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
Josef Barat ficará encarregado das áreas de Relações Internacionais e Estudos e Pesquisas. Leur Lomanto responderá
pela área de Infra-Estrutura
Aeroportuária. As demais áreas
ficarão a cargo do diretor-presidente, Milton Zuanazzi.
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