São Paulo, quinta-feira, 02 de agosto de 2007

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Companhias aéreas prevêem redução de cobertura no país

Número de cidades atendidas pode diminuir com reformulação da malha

Segundo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, novo modelo exigiria número maior de aeronaves ou corte no número de vôos

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

As empresas aéreas afirmam que as determinações do Conac (Conselho Nacional de Aviação Civil) de reformulação da malha aérea vão reduzir a cobertura aérea no país.
Na prática, menos cidades serão atendidas por aviões, segundo o presidente do SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), José Márcio Mollo.
Anteontem, as empresas alegaram ao governo que as mudanças previstas pelo Conac não são viáveis. Elas tiveram uma reunião com o brigadeiro Jorge Godinho, assessor do ministro Nelson Jobim (Defesa).
Segundo Mollo, o assessor se comprometeu a encaminhar as queixas ao ministro. O modelo proposto pelo governo exigiria um número maior de aeronaves ou um corte no número de vôos, segundo o sindicato.
A hipótese de uma redução maior da cobertura aérea é polêmica. Desde 1999, mais de 40 aeroportos do país deixaram de ser servidos por vôos regulares.
Os 15 principais aeroportos concentram 73% dos vôos, segundo estudo do Nectar (Núcleo de Estudos em Competição e Regulação do Transporte Aéreo), do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica).
As empresas afirmam que a mudança é sinônimo de aumento de custos e de aviões parados em solo. Segundo o sindicato, os aviões passariam de 13 horas/dia de uso para em média 7 horas/dia de uso.
Segundo especialistas, a reação das empresas aéreas representa o receio de redução nas margens de lucro. Um deles, que pediu para não ser identificado, classificou a discussão como "puro lobby".

Mudanças
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) decidiu alterar o regimento interno da agência para agilizar a tomada de decisões. Agora, os diretores ficarão responsáveis por superintendências e assessorias.
Denise Abreu ficará responsável pelas áreas de Serviços Aéreos e Relações com os Usuários. O diretor Jorge Velozo responderá pelas áreas de Segurança Operacional e Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.
Josef Barat ficará encarregado das áreas de Relações Internacionais e Estudos e Pesquisas. Leur Lomanto responderá pela área de Infra-Estrutura Aeroportuária. As demais áreas ficarão a cargo do diretor-presidente, Milton Zuanazzi.


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