DA REPORTAGEM LOCAL

Representantes dos médicos e dos funcionários do Hospital Emílio Ribas devem se reunir com o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, às 11h de amanhã. O encontro foi confirmado pela secretaria. "Estamos esperando um entendimento", disse Carlos Frederico Dantas Anjos, presidente da Associação dos Médicos.
Médicos e funcionários, que ontem fizeram assembléia, consideraram uma atitude "autoritária" o afastamento do então diretor Vasco Carvalho Pedroso de Lima e sua substituição pelo professor Sebastião André de Felice.
A crise no principal centro de infectologia do país veio a público na segunda-feira da semana passada, quando as associações dos médicos e dos funcionários convocaram a imprensa, ONGs e entidades médicas para denunciar a falta de equipamentos essenciais que o hospital está vivendo. Segundo os médicos, faltam equipamentos fundamentais a um hospital que atende doenças infecto-contagiosas graves.
"Não aceitamos a intervenção, pois trocar a direção não resolve os problemas", disse Anjos. "Queremos um nome negociado entre médicos, funcionários e a secretaria. Queremos também discutir o futuro do hospital e a abertura de uma audiência pública para saber exatamente o destino dos recursos."
Segundo a associação dos médicos, o secretário vem divulgando valores que não correspondem aos que chegam ao hospital.
Os gastos totais do Emílio Ribas para este ano estão orçados em R$ 64 milhões e R$ 36 milhões foram liberados até agora. A quase totalidade desses recursos vão para a folha de pagamento, pouco sobrando para custeios como novos equipamentos e manutenção, dizem os médicos.


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