São Paulo, quinta-feira, 02 de setembro de 2004

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PANORÂMICA

SAÚDE

Após vistoria no Juqueri, OAB sugere punir parente que abandonar doente mental
Após vistoria no hospital psiquiátrico do Juqueri, em Franco da Rocha (Grande SP), a Comissão de Direitos Humanos da OAB deve propor mudanças na lei para responsabilizar familiares que abandonam portadores de doenças psiquiátricas.
Hédio Silva Jr., coordenador da comissão, se mostrou surpreso ao ver que 60% dos pacientes poderiam ter alta, mas continuam internados porque a família não os aceita. Para ele, o hospital teria se tornado um local de "reclusão", um "Carandiru da saúde mental".
Silva Jr. criticou a estrutura do hospital, que "inviabilizaria qualquer tipo de tratamento" e precisaria de "transformações radicais". O número de pacientes (1.046) foi considerado elevado e a quantidade de médicos e terapeutas, insuficiente.
A Secretaria Estadual da Saúde disse que a OAB divulgou dados equivocados e que o Juqueri conta com 40 médicos e 20 terapeutas, o que atenderia às exigências da Organização Mundial da Saúde. Sobre o número de pacientes, foi explicado que já houve grande redução, mas que a não-aceitação das famílias dificulta o processo de alta.
Outra irregularidade apontada pela OAB é que haveria 200 habitações ocupadas por funcionários, cujas contas seriam pagas com dinheiro público. A Secretaria de Saúde afirma que são 93, das quais 20% são regulares. Do restante, a maioria teria liminar para permanecer no local. (FREE-LANCE PARA A FOLHA)


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