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Para diretores, falta atenção básica na rede
DA AGÊNCIA FOLHA
Gestores públicos e diretores de hospitais consultados
pela Folha apontaram como
razão dos problemas nas
unidades, entre outros pontos, a sobrecarga de pacientes do interior dos Estados e
de pessoas que poderiam ser
atendidas em atenção básica.
O diretor do Hospital Geral Roberto Santos (BA), Sebastião Mesquita, disse que a
demora no atendimento e a
falta de macas na unidade
não são problemas graves.
"Às vezes, a demanda é grande e pode faltar maca mesmo, mas tudo é resolvido rapidamente", disse.
Sobre o tempo de espera,
disse que "é assim também
nos consultórios, nas filas de
bancos e supermercados".
"O importante é que todas as
pessoas que procuram o hospital são bem atendidas",
completa o diretor.
A Secretaria da Saúde de
Pernambuco disse que começou, no dia 29, a investir
R$ 2,2 milhões em equipamentos para as grandes unidades de emergência do Estado: hospitais Getúlio Vargas e Restauração.
Os recursos estaduais e federais, informou, serão aplicados na compra de máquinas para ampliar o atendimento nos setores de emergência, trauma, cuidados intensivos e bloco cirúrgico.
Para o coordenador de Políticas de Saúde da Secretaria
da Saúde de Fortaleza, Alex
Mont'Alverne, a cidade precisa do apoio do Estado e da
União para resolver problemas de superlotação, como o
do Instituto José Frota, que,
segundo ele, recebe R$ 12,4
milhões em investimentos.
O superintendente do hospital, Wandenberg dos Santos, citou a falta de controle
do fluxo de pacientes, a baixa
resolutividade dos hospitais
regionais e até a violência como razões da lotação.
O diretor-geral da Unidade de Emergência Armado
Lages (AL), Alfredo Aurélio,
disse que a superlotação na
unidade é um problema enfrentado há 20 anos. Disse
ainda que a greve de categorias do setor gera desinformação na unidade porque há
sobrecarga de profissionais
que tentam se desdobrar em
serviços prioritários.
O diretor-geral do Hospital de Urgência Governador
João Alves Filho (SE), Josias
Passos, também afirmou que
a superlotação é um problema muito antigo. "Não temos como resolver de uma
hora para outra."
Passos afirmou que a unidade é de alta complexidade,
mas recebe pacientes com
doenças que poderiam ser
atendidas na atenção básica.
Ele citou ainda problema de
sobrecarga por deficiência
no atendimento hospitalar
no interior de Sergipe.
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