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ADMINISTRAÇÃO
Uma das vencedoras da licitação da prefeitura, empresa foi condenada por improbidade, mas ainda tenta recurso
Juíza impede Vega de assinar contrato do lixo
DA REPORTAGEM LOCAL
A Vega Engenharia Ambiental,
empresa que integra um dos consórcios que ganharam a bilionária
licitação para a coleta de lixo na
cidade de São Paulo, está impedida pela Justiça de assinar o contrato com a prefeitura paulistana.
A licitação do lixo, que envolve
cerca de R$ 10 bilhões por um período de 20 anos, já foi homologada pela prefeitura paulistana.
O impedimento ocorreu porque decisão de ontem da juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 14ª Vara da Fazenda Pública,
executa uma sentença de 1999 -
confirmada pelo TJ (Tribunal de
Justiça) de São Paulo-, quando a
empresa foi condenada por improbidade administrativa.
Como a empresa perdeu o recurso no TJ, a juíza fez valer a sentença, o que impede a Vega de assinar contratos com órgãos públicos durante cinco anos. A Vega já
apresentou dois recursos no TJ,
que vai analisar se a empreiteira
poderá ou não recorrer ao STJ
(Superior Tribunal de Justiça), em
Brasília-DF.
A mesma decisão prevê que,
junto com os outros réus (incluindo três ex-servidores municipais),
a Vega terá de pagar a quantia de
R$ 92,2 milhões em 24 horas, prazo a ser contado a partir da citação dos envolvidos -o que deve
ocorrer na próxima semana.
A empresa foi condenada por
fraude no serviço de coleta de lixo
na capital paulista durante a gestão do ex-prefeito Celso Pitta
(1997-2000). A Vega teria inflado
em 75,53% os valores dos serviços
em relação ao contrato inicial.
Nova licitação
Dois consórcios foram declarados vencedores da nova licitação.
Um deles, liderado pela Vega, é o
São Paulo Limpeza Urbana (também integrado pela Cavo e pela
SPL). O outro consórcio é formado pela Queiroz Galvão, pela Heleno Fonseca e pela LOT. Os contratos ainda não foram assinados.
A previsão da prefeitura era firmá-los nos próximos dias, já que
os atuais vencem neste mês.
Para o promotor Túlio Tadeu
Tavares, que participou do processo contra a Vega, a decisão oi
uma "vitória da moralidade":
"Não acredito que a Prefeitura de
São Paulo vá recorrer. A prefeitura deve ter interesse em firmar negócio com um parceiro idôneo".
Outro lado
A Prefeitura de São Paulo informou que não iria se pronunciar
porque ainda não foi notificada. A
assessoria da Vega afirmou que
também só irá se manifestar depois da notificação.
(FABIO SCHIVARTCHE E RICARDO WESTIN)
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