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Painel de 2.000 m2 paga reforma de edifício
DA REDAÇÃO
Enquanto os anúncios gigantes
tomam conta da cidade, profissionais do mercado publicitário
discutem os prós e contras desse
novo formato de mídia.
O presidente da Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), Dalton Pastore, defende o uso dos grandes anúncios,
mas com ressalvas. "É importante
que sejam poucos, aprovados pela prefeitura e que não prejudiquem o trânsito. Queremos evitar
a pirataria e o excesso, que desvaloriza e banaliza a peça, fazendo
com que o anúncio produza menos resultados", afirma.
O avanço tecnológico foi definitivo para o aumento no tamanho
dos painéis. "Hoje, não existe limite técnico de tamanho", afirma
Roberto de Freitas, diretor da gráfica Stilgraf.
Antes, as peças eram feitas de
papel. Hoje, são feitas em lona. O
uso do fotolito deu lugar à impressão digital. "Esse ramo vai
crescer mais ainda. Tem vindo
muita tecnologia de fora."
Somando a manipulação da
imagem, a produção do material e
a veiculação, um anúncio de cerca
de 300 m2 em uma empena cega
em plena avenida Rebouças sai
por cerca de R$ 80 mil por mês. Se
pelo lado de fora dos imóveis os
anúncios geram discussão, pelo
lado de dentro podem garantir
um orçamento extra. No edifício
Gibraltar, na esquina das avenidas Consolação e Paulista, a renda
de um painel, que, segundo moradores, tem 2.000 m2, possibilitará
a reforma do prédio.
"Se não fosse para pagar a reforma do prédio, acho que ninguém
concordaria", disse uma moradora, que não quis ser identificada.
Como o valor do contrato era alto,
todos concordaram. "Não é maravilhoso e atrapalha, mas o sacrifício vai valer a pena", acredita a
artista plástica Regina Zechetto,
que mora há 30 anos no local.
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