São Paulo, sexta-feira, 02 de outubro de 2009

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ALFREDO RAZUCK (1932-2009)

Vovô Dido e as guloseimas da família Adora Doces

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Na fase da aposentadoria, Dido foi para trás do balcão.
Ex-gerente de uma fábrica de teflon, material usado no revestimento de panelas, Alfredo Razuck passou a ajudar no novo negócio que ele, mulher e filhos decidiram abrir nos anos 90: uma doceria.
Diariamente, lá estava ele na loja, sempre cuidando de alguma coisa, conta o filho Alexandre. Graças ao sucesso das guloseimas que ainda fazem, como o bolo de bem casado, a Adora Doces tem hoje duas unidades em São Paulo.
Filho de um libanês e uma brasileira, Dido perdeu o pai cedo, quando tinha dois meses. Teve várias empregos: carregou caixa na 25 de Março, foi comerciante, manteve uma papelaria e gerenciou a fábrica onde se aposentou.
Há cerca de 13 anos, surpreendido por um câncer na região da garganta, foi obrigado a retirar todas as cordas vocais. Para continuar conversando, lembra o filho, adotou um "aparelhinho".
No início, os netos estranhavam o som de sua voz, mas, com o tempo, se acostumaram e até brincavam com o aparelho usado por ele, apelidado de "buzina do vovô".
A grande distração de Dido eram os netos, que ele gostava de levar para Serra Negra (SP). Seu sonho -que conseguiu realizar- era ver os filhos trabalhando juntos no estabelecimento da família.
No domingo, morreu aos 77 anos, de insuficiência respiratória. Deixa três filhos e seis netos. A missa de sétimo dia será amanhã, às 12h15, na catedral Ortodoxa, na rua Vergueiro, na capital.

coluna.obituario@uol.com.br


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