São Paulo, quinta, 2 de outubro de 1997.



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Risco está em áreas pobres

da Reportagem Local

O risco de contaminação pelo sangue está hoje restrito a pequenas localidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Hemofílicos e pacientes que necessitam de transfusão na maioria dos centros médicos do países não correm perigo.
A informação foi dada por médicos da Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo e por Dalton Chamone, coordenador de sangue e hemoderivados (Cosah) do Ministério da Saúde. Chamone encaminhou há duas semanas uma representação à Procuradoria da República informando que a inspeção do sangue estava parada e alertando para o risco de novas contaminações.
"Esse risco existe onde a assistência médica é precária. Nesses Estados e locais, a inspeção do sangue não pode ser deixada apenas para os técnicos regionais ou locais. O ministério tem que estar presente, sempre e com rigor."
Na sua representação, Chamone diz que, por conta de falhas da vigilância sanitária, poderiam ocorrer 384 casos de infecção pelo HIV em transfusões normais e outras 50 em hemofílicos por contaminação de hemoderivados.
Descuidos na vigilância poderiam provocar também 14 mil casos de hepatite B, um número igual de hepatite C, 10 mil casos de leucemia e linfomas, além de mil transmissões de doença de Chagas.



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