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São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2003

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Transtorno atinge pai e filho

FREE-LANCE PARA A FOLHA

"A gente nunca esquece que na primeira vez que o Renato andou, ficou de pé e saiu correndo. Numa das primeiras avaliações que fizemos, saímos chorando do consultório. A psicóloga falou que o moleque ia ser um marginal, um bandido, um assassino. Tudo por falta de conhecimento sobre o que é hiperatividade.
Eu comecei a ver minha história na do meu filho. Cresci ouvindo falar que eu era burro, era marginal. Repeti seis vezes a 5ª série."
Há oito meses pai e filho foram diagnosticados como portadores de TDA. Renato, 10, já obteve grandes melhoras, mas Luis, 45, técnico em marketing, ainda não se adaptou a nenhum medicamento. Na última quinta, começou a tentar nova medicação. "Esperança eu tenho, eu luto até o fim. Vou às consultas e crio mecanismos como ter uma agenda, que ainda não consigo usar. Eu sei que seria muito mais feliz porque, no fundo, eu tenho uma infelicidade de não conseguir acabar nada que estou fazendo."


Os nomes são fictícios


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