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Em 2 horas, três helicópteros caem em SP; três morrem
Acidentes ocorreram entre 13h30 e 15h40,
em Carapicuíba, Mogi das Cruzes e Ribeirão
Preto
Na queda em Carapicuíba,
morreram piloto, a sogra e o
enteado; Aeronáutica ainda
não sabe as causas de
nenhum dos três acidentes
Almeida Rocha/Folha Imagem
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Helicóptero que caiu em Carapicuíba; três pessoas morreram |
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Três helicópteros caíram ontem à tarde no Estado de São
Paulo num intervalo próximo
de duas horas, deixando ao menos três mortos e sete feridos.
Os acidentes ocorreram em
Carapicuíba (13h30) e Mogi das
Cruzes (14h10), na região metropolitana, e em Ribeirão Preto (15h40), a 314 km de SP.
Houve relatos de fortes rajadas de vento no Estado, que são
citadas por profissionais da
aviação como um possível fator
contribuinte -embora não necessariamente determinante.
O mais grave dos acidentes
ocorreu em Carapicuíba, nas
proximidades do trecho oeste
do Rodoanel Mário Covas.
Ele envolveu uma aeronave
que havia decolado do Helipark, que se define como maior
centro de serviços para helicópteros da América Latina.
O proprietário do heliponto,
João Zeferino Ferreira Velloso,
teve seus próprios familiares
entre as vítimas (mãe, irmã e
sobrinho). Ele é casado com
uma sobrinha de Antônio Ermírio de Moraes, empresário
do grupo Votorantim.
O comerciante Ulysses Alves,
21, que presenciou a cena, disse
que a aeronave fazia um barulho estranho desde a saída do
heliponto até a queda, metros
depois. "Veio balançando desde
lá. O motor parecia que ligava e
desligava", afirmou. "Os primeiros que ajudaram foram os
operários da obra [ao lado do
local do acidente]", contou ele,
sobre os trabalhos de resgate.
O piloto teria tentado pousar
em um terreno baldio, mas não
teve controle da aeronave.
O helicóptero havia saído inicialmente do Morumbi, na zona oeste de São Paulo, passou
no heliponto para abastecer e
iria para Angra dos Reis (RJ).
Regina Ticoulat Velloso, 78, e
João Dante Velloso Viggiani,
16, sogra e enteado do piloto,
morreram no local da queda. O
rapaz estudava no Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros
(zona oeste de SP).
O pecuarista e advogado Ignácio Bueno de Moraes Neto,
62, pilotava a aeronave e morreu logo depois de dar entrada
no Hospital Albert Einstein.
Regina Maria Velloso de Moraes, 50, mulher de Ignácio,
mãe de João, permanecia internada na UTI com politraumatismo e estava em estado grave
até a conclusão desta edição.
O diretor-técnico do heliponto, Elson Sterque, diz que a
combinação de alta temperatura -que chegou a 29C em Carapicuíba ontem-, altitude e
peso podem ter reduzido a performance do motor do helicóptero. A Aeronáutica deu um
prazo de três meses para descobrir as causas do acidente.
Também não é possível saber
as razões dos acidentes em Mogi das Cruzes e em Ribeirão
Preto. Nesses dois casos, ninguém se feriu gravemente.
A Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) chegou a informar inicialmente que a aeronave estava com seu certificado
de aeronavegabilidade vencido.
Depois, afirmou que a validade
do documento era até 2013.
(RAFAEL TARGINO E ALENCAR IZIDORO)
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