São Paulo, quarta-feira, 02 de novembro de 2011

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MEC tenta validar testes anulados do Enem 2011

Governo diz que decisão da Justiça do CE prejudica 4 milhões de alunos

União quer que só os 639 estudantes do CE, que tiveram acesso antecipado a questões, refaçam o exame

RENATO MACHADO
DE BRASÍLIA
FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

A AGU (Advocacia-Geral da União) informou ontem que vai entrar com recurso contra a decisão judicial que anulou 13 questões do último Enem.
O órgão afirmou que busca "evitar que os mais de 4 milhões de estudantes que fizeram a prova e aguardam os resultados -utilizados também em processos seletivos - sejam prejudicados".
O recurso será apresentado amanhã no Tribunal Regional Federal em Recife (PE). Anteontem, a Justiça Federal no Ceará determinou a anulação em todo o país das questões que vazaram para alunos do colégio Christus, de Fortaleza (CE).
A decisão é uma resposta à ação do Ministério Público Federal que solicitava exclusão das 13 perguntas ou o cancelamento de todo o exame.
As questões foram antecipadas em simulado do Christus, dias antes da prova. A Polícia Federal descobriu que a instituição copiou um caderno com 48 perguntas que foi aplicado pelo Ministério da Educação em um pré-teste no colégio, em 2010. O MEC desconfia que um segundo caderno foi copiado.
O MEC defende a preservação de todas as questões, mas quer cancelar a prova de 639 estudantes do Christus que tiveram acesso às questões. Eles fariam um novo exame.
No texto da decisão, o juiz Luís Praxedes Vieira da Silva criticou o Inep (instituto que aplica o exame). "As questões do pré-teste jamais poderiam ser usadas no ano seguinte, principalmente porque não estavam lidando com instituições comandadas por Irmãs Carmelitas Descalças".
O colégio diz que não manteve qualquer tipo de contato prévio com as questões.


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