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ENTREVISTA
Novo exame dá
diagnóstico do
câncer em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Um novo exame para detectar
precocemente o câncer de próstata, o PSA complexado, mais específico e sensível, foi liberado pelo
FDA (a vigilância sanitária norte-americana) no início do ano e já é
disponibilizado por um laboratório de São Paulo.
Segundo Ricardo de Oliveira,
50, diretor do laboratório Salomão & Zoppi, que trouxe o procedimento, o exame, no entanto,
não dispensa o toque retal.
O câncer de próstata é o segundo mais comum em homens no
país, segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer). É ainda o quarto colocado na taxa de
mortalidade.
A prevenção deve começar a
partir dos 50 anos ou antes, para
quem tem casos na família. A detecção é feita pelo toque e pela dosagem de substâncias produzidas
pela próstata.
"O PSA complexado é um avanço tecnológico e chega a 95% de
sensibilidade", avalia o coordenador da Campanha Nacional de
Prevenção do Câncer da Sociedade Brasileira de Cancerologia, Ricardo Antunes.
Na semana passada, a sociedade
ofereceu o exame de graça durante a campanha em São Paulo.
O PSA (antígeno prostático específico, sigla em inglês) é uma
proteína liberada no sangue pelas
células da próstata que, em níveis
elevados, pode indicar o câncer.
Há dois tipos de PSA. O livre e o
complexado. Antes do novo exame, era possível analisar o livre ou
a soma de ambos, mas não somente o complexado, cujo aumento tem relação direta com o
câncer de próstata.
Folha - O que muda com o novo
exame?
Ricardo de Oliveira - Quando você avalia o PSA total [soma do livre e complexado", por exemplo,
a elevação pode indicar tanto o
tumor como o que não é. Há processos infecciosos, traumas que
podem elevar o PSA e isso não
significa um processo tumoral.
Quando você passa ao complexado, avalia somente o que eleva
na presença do tumor. Aí vem a
questão da sensibilidade, os casos
que o PSA total não diagnosticava
[a sensibilidade desse exame é de
cerca de 80%". O índice sobe para
95% usando o complexado.
Folha - O procedimento pode diminuir o número de exames pelos
quais o paciente tem de passar?
Oliveira - O PSA complexado
consegue evitar 35% dos exames
invasivos, como o ultra-som
transretal [usado, por exemplo,
quando o toque retal e o PSA total
não são conclusivos".
Folha - O exame poderá eliminar
o toque retal?
Oliveira - Ainda não é possível
dizer isso. Precisamos de mais experiência com o exame. Será preciso comparar o PSA complexo
com o toque retal. Mas, com a adição desse exame ao PSA total e ao
toque, chegamos quase à perfeição em termos de detecção precoce de câncer de próstata.
(FL)
Salomão & Zoppi Medicina Diagnóstica
Rua Correia Dias, 48, Paraíso, São Paulo
Tel.: 0/xx/11/5549-9033
Custo do exame: R$ 250,00
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