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SEGURANÇA
Sigilo telefônico foi quebrado
Morte de executivo no Rio continua mistério
DA SUCURSAL DO RIO
A polícia ainda não tem pistas
de quem matou o executivo da
Shell no Brasil Zera Todd Staheli,
39, e feriu gravemente sua mulher, Michelle, 34, anteontem em
um condomínio de classe média
alta da Barra da Tijuca, zona oeste
do Rio. O secretário de Segurança
do Rio, Anthony Garotinho, disse
que foi quebrado o sigilo telefônico da casa e que a última ligação
registrada antes do crime foi feita
pelos filhos para uma pizzaria.
Segundo Garotinho, o caçula,
de 3 anos, estava na cama dos pais
quando eles foram encontrados
feridos pelo filho de 10 anos. Ele
chamou a irmã de 13, que telefonou para amigos.
Os policiais coletaram impressões digitais e aplicaram uma
substância capaz de detectar sangue. A casa não foi arrombada.
Staheli tinha cinco cortes profundos na cabeça e Michelle foi
para o hospital em coma com
traumatismo crânio-encefálico. A
arma do crime não foi encontrada. A polícia suspeita que se trata
de uma machadinha ou de uma
tesoura de jardineiro. Quatro
mergulhadores do Corpo de
Bombeiros fizeram buscas na lagoa da Tijuca, que fica nos fundos
da casa, mas, segundo a polícia,
não encontraram nada.
Garotinho contou que, num depoimento informal, a filha mais
velha disse que o pai recebeu um
telefonema de Londres para tratar
dos projetos do gasoduto Brasil-Bolívia. Staheli teria se sentido
pressionado. Ele era diretor de
Gás e Energia da Shell no Brasil e
também cuidava do gasoduto. A
assessoria de imprensa da empresa informou que o executivo nunca comentou sobre ameaças.
Como o condomínio é murado
e tem segurança na guarita, a polícia trabalha com a possibilidade
de o assassino ter entrado pelos
fundos do terreno ou de que tivesse a chave da casa.
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