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São Paulo, terça-feira, 02 de dezembro de 2003

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SEGURANÇA

Sigilo telefônico foi quebrado

Morte de executivo no Rio continua mistério

DA SUCURSAL DO RIO

A polícia ainda não tem pistas de quem matou o executivo da Shell no Brasil Zera Todd Staheli, 39, e feriu gravemente sua mulher, Michelle, 34, anteontem em um condomínio de classe média alta da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O secretário de Segurança do Rio, Anthony Garotinho, disse que foi quebrado o sigilo telefônico da casa e que a última ligação registrada antes do crime foi feita pelos filhos para uma pizzaria.
Segundo Garotinho, o caçula, de 3 anos, estava na cama dos pais quando eles foram encontrados feridos pelo filho de 10 anos. Ele chamou a irmã de 13, que telefonou para amigos.
Os policiais coletaram impressões digitais e aplicaram uma substância capaz de detectar sangue. A casa não foi arrombada.
Staheli tinha cinco cortes profundos na cabeça e Michelle foi para o hospital em coma com traumatismo crânio-encefálico. A arma do crime não foi encontrada. A polícia suspeita que se trata de uma machadinha ou de uma tesoura de jardineiro. Quatro mergulhadores do Corpo de Bombeiros fizeram buscas na lagoa da Tijuca, que fica nos fundos da casa, mas, segundo a polícia, não encontraram nada.
Garotinho contou que, num depoimento informal, a filha mais velha disse que o pai recebeu um telefonema de Londres para tratar dos projetos do gasoduto Brasil-Bolívia. Staheli teria se sentido pressionado. Ele era diretor de Gás e Energia da Shell no Brasil e também cuidava do gasoduto. A assessoria de imprensa da empresa informou que o executivo nunca comentou sobre ameaças.
Como o condomínio é murado e tem segurança na guarita, a polícia trabalha com a possibilidade de o assassino ter entrado pelos fundos do terreno ou de que tivesse a chave da casa.


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