ADRIANA CHAVES
DA AGÊNCIA FOLHA

A Justiça Federal de Goiás condenou os 33 acusados de integrar uma das principais quadrilhas de tráfico internacional de drogas da América Latina a penas de cinco a 15 anos de reclusão. A maioria responde por tráfico. Entre os sentenciados estão Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e o empresário e pecuarista Leonardo Dias Mendonça.
O esquema começou a ser desmantelado pela Polícia Federal em dezembro do ano passado, na chamada "Operação Diamante", que realizou prisões simultâneas em vários Estados. As ações do bando vinham sendo investigadas desde junho de 2000.
Com a divulgação de gravações telefônicas envolvendo desembargadores federais do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, um parlamentar e um ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), a denúncia foi desmembrada para a Justiça de Brasília.
A sentença de ontem é do juiz substituto da 5ª Vara Criminal de Goiás José Godinho Filho.
Considerado o líder da organização, Mendonça foi condenado a 15 anos e oito meses e mais 599 dias de multa por lavagem de dinheiro, tráfico internacional de drogas e falsidade ideológica. O empresário já havia sido condenado a 23 anos de detenção pela Justiça de Mato Grosso.
Fernandinho Beira-Mar, que responde a outros processos, foi sentenciado a sete anos e 11 meses e 217 dias de multa por lavagem de dinheiro. Segundo a PF, ele comprava a droga trazida da Colômbia pelo grupo de Mendonça.
O advogado de Beira-Mar, Lídio da Hora Santos, disse que já encaminhou apelação questionando a condenação e nega ligação entre seu cliente e Mendonça. O advogado de Mendonça, Osvaldo Serrão, não foi localizado ontem pela Agência Folha.


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