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Indicado herda irregularidades e déficit de pessoal
MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O economista João Sayad
tem dois abacaxis, pelo menos, para descascar na Secretaria de Cultura do Estado:
duas sociedades de amigos
de museu são investigadas
por suspeitas de uso de caixa
dois, entre outras irregularidades, e o órgão que ele assumirá tem um déficit brutal
de funcionários.
As sociedades investigadas
pelo promotor Silvio Marques são as do MIS (Museu
da Imagem e do Som) e do
Museu da Casa Brasileira.
O promotor já recomendou duas vezes que o atual
secretário, o cineasta João
Batista de Andrade, retirasse
as sociedades de amigos da
gestão dos dois museus. Como Andrade recusou a sugestão, é praticamente certo
que Sayad inicie sua gestão
tendo de responder a uma
ação judicial.
O Ministério Público apura suspeitas de quatro irregularidades no MIS e no Museu da Casa Brasileira: a de
que as sociedades de amigos
serviriam de caixa dois para
os museus; a de que diretores
agiriam como quadrilha; lavagem de dinheiro; peculato
(desvio de dinheiro ou bem
por servidor público).
O próprio secretário e seu
chefe-de-gabinete, Fábio
Magalhães, são investigados
sob suspeita de terem cometido o crime de prevaricação.
Uma funcionária afirma ter
alertado os dois sobre os problemas e, segundo ela, eles
não fizeram nada. Eles dizem
que mandaram investigar.
O problema dos funcionários talvez seja mais grave. A
secretaria tem 314 servidores concursados, quando
precisa de 1.500. Essa diferença era contratada como
terceirizado. Marcos Mendonça chegou a ter 3.100 funcionários sem concurso; hoje
são 209. Neste ano, pela primeira vez desde 1985, a secretaria promoveu concurso
para 87 vagas. Para quem
tem um déficit de mais de
1.000, é um quase nada.
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