São Paulo, quinta-feira, 03 de janeiro de 2002

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FERIADO

Saldo é de 36 vítimas fatais e 1.022 acidentes; Dutra é a mais perigosa

Mortes no Réveillon crescem 89%

Luiz Carlos Murauskas/ Folha Imagem
ACIDENTE Funcionários da concessionária NovaDutra observam caminhão de óleo combustível que foi atingido por um ônibus clandestino no km 226 da Dutra (Rio-São Paulo); 26 pessoas ficaram feridas


IURI DANTAS
DA REPORTAGEM LOCAL

O saldo final do movimento nas estradas paulistas durante o feriado de Ano Novo revela um aumento de 89% no número de mortes em acidentes, comparado ao mesmo período do ano passado. Os dados da operação de fim de ano, da Polícia Rodoviária Estadual de São Paulo, são das 12h de sexta às 12h de ontem.
No total, 36 pessoas morreram em acidentes nas rodovias paulistas no feriado (não inclui as estradas federais que cortam o Estado, como Fernão Dias e Régis Bittencourt). No ano passado, houve 19 mortos em quatro dias de operação -neste ano foram cinco dias.
No Ano Novo 2002, ocorreram 1.022 acidentes, 28% deles com vítimas, somando 553 feridos.
A maioria das 36 mortes aconteceu no sábado, dia 29 de dezembro. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, os principais motivos foram chuvas e alta velocidade. Das 12h às 24h de sexta, quatro pessoas morreram. Houve cinco mortes no domingo, uma na segunda, seis anteontem e cinco até as 12h de ontem.
A Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, teve o maior índice de mortes: quatro pessoas, sendo duas por atropelamento. Nas estradas Raposo Tavares e Castelo Branco, que dão acesso à região oeste de São Paulo, não houve mortes no Ano Novo.
Na AutoBAn, que gerencia o sistema Anhanguera-Bandeirantes, uma pessoa morreu. No sistema Anchieta-Imigrantes, que dá acesso ao litoral sul e à Baixada Santista, também houve uma morte. Três pessoas morreram na Ayrton Senna e Carvalho Pinto.

Retorno
O motorista que deixou o litoral sul ontem enfrentou congestionamentos. No sistema Anchieta-Imigrantes, houve cerca de 18 km de engarrafamento no acesso à serra de manhã. O trânsito se normalizou no fim da tarde. Na Padre Manoel da Nóbrega, o congestionamento variou de 10 km a 18 km.
Na Tamoios, que dá acesso ao litoral norte, o aumento de 33% no movimento de carros desde a madrugada de anteontem fez a Polícia Rodoviária Estadual prorrogar a Operação Réveillon, que acabaria às 12h de ontem, até as 8h de hoje. Segundo o capitão Newton Hugolino Michelazzo, comandante da polícia, eram esperados 60 mil veículos, mas cerca de 80 mil devem usar a via.
Foi prorrogada também a liberação do acostamento do km 55 ao km 83, já em Caraguatatuba.
A polícia chegou a registrar 49 carros por minuto na Tamoios, que costuma receber oito por minuto em dias normais. Mesmo quem optou por voltar anteontem de manhã não evitou filas.
No final da tarde e na noite de anteontem, a volta pela Tamoios, que costuma levar pouco mais de uma hora, levava até quatro horas e meia. Até o início da noite de ontem, a Tamoios registrava cerca de 20 km de congestionamento no sentido São José dos Campos.
A velocidade média foi de cerca de 20 km/h em toda a rodovia. Em alguns trechos, o trânsito ficou parado por até três minutos.


Colaborou a Folha Vale



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