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Companhias aéreas não terão multa por cancelar vôos
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil) decidiu ontem
não aplicar nenhuma multa às
companhias aéreas pelos 231
vôos cancelados durante o período de Réveillon. No balanço
da intervenção branca nas empresas, a agência concluiu que
os passageiros que dispunham
de bilhetes viajaram de 29 de
dezembro até ontem. A Anac
informou ontem que deve divulgar hoje seu balanço oficial
sobre o plano de emergência.
O transtorno de esperar horas no aeroporto não desapareceu, apesar das promessas do
governo na semana passada. Ao
todo, 322 vôos tiveram atrasos
superiores a 60 minutos. Embora tais cancelamentos e atrasos sejam passíveis de fiscalização pela Anac, nenhuma empresa será punida neste caso.
A intervenção branca supostamente começou no dia 29 de
dezembro, segundo o ministro
da Defesa, Waldir Pires.
O presidente da Anac, Milton
Zuanazzi, disse que a agência
iria monitorar cada prefixo de
aeronave e cada vôo, em cada
rota. A venda de bilhetes seria
suspensa e as empresas não poderiam cancelar vôos.
Como antes
Na prática, segundo apurou a
Folha com companhias, continuou tudo como antes: as empresas davam a palavra final sobre as decolagens e os aviões
com baixa ocupação não saíam
do chão, para evitar prejuízos.
Os passageiros eram deslocados para outros, mais tarde.
As imensas filas vistas antes
do Natal não se repetiram, já
que menos vôos foram afetados
-6,8% com atrasos e 4,9% cancelados. Além disso, as companhias tentaram antecipar problemas, oferecendo vantagens
aos passageiros que adiassem
suas viagens.
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